Centro de Espetáculos - 2ª fase

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Mensagem por Brahms Hool McKnight Dom Jun 07, 2015 7:04 pm

Centro de Espetáculos - 2ª fase 100
Centro de Espetáculos
Oito tiros. Oito mortes. O dia que se segue na Arena é tenso e de adaptação. Os Tributos rumam para diferentes áreas, cada uma com sua surpresa e dificuldade. Depois da Cornucópia cinco Tributos rumaram para o Centro de Espetáculos. O local nada mais é que uma rua enorme, era conhecida na antiguidade por ser o local onde os reis passavam enquanto eram adorados, isso até chegar no grande Centro de Espetáculos que se encontra no final da rua. Nas sua laterais encontram-se templos destinados aos deuses e casas abandonadas.

Os alimentos e água são encontrados em lixos dentro das casas e na rua. Em alguns pontos encontram-se plantas cinzas e pequenos lagos. No Centro de Espetáculos há um palco com um auditório, os melhores alimentos encontram-se ali; porém também encontram-se as maiores surpresas.

Regras:

Patrocínio:

Tributos:

Pontos de Patrocínio:

Mochilas:
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Mensagem por Caliel Kowalski Sex Jun 12, 2015 9:46 pm

Centro de Espetáculos - 2ª fase 100
ON THE STAIRS


INFORMAÇÕES:


Em questão de minutos a morte viria a mim. A dor física agora possuía minha perna direita. Minha calça estava ensopada por meu próprio sangue. Minhas pupilas estavam dilatadas pela adrenalina recente e meu braço envolvia os ombros de Octavia que servia como apoio.  

Já a dor psicológica movia meus pensamentos em direção ao arrependimento, remorso e ódio por ter feito algo tão mórbido minutos atrás, sem ressentimento algum. Uma flechada no crânio de uma criança fora o marco inicial de um novo adjetivo para minha personalidade: "Assassino". Eu havia assassinado um tributo, ainda, o mais novo dentre todas as possibilidades. Por um lado me sentia um peso emocional em minhas costas, mas por outro eu imaginava que aquilo fora um ato de compaixão para o garoto, pois a flecha atravessará seu cérebro e ele não havia como sentir dor alguma. Havia sido uma morte rápida, sem sofrimento. Eu tinha livrado o garoto da dor que aqueles jogos o causariam, porém o peso que ele sentiria futuramente, parecia agora, estar em minhas costas.  

- Cal! Cal! Cal! - Minha aliada gritava em meus ouvidos, buscando minha atenção. Logo emergi dentre os meus pensamentos. - Temos de fazer um torniquete em sua perna, temos de estancar a hemorragia.  

As palavras de Octavia pareciam se embaralhar, ou ser apagadas gradativamente, mas a realidade era que meus sentidos já começavam a ocilar, meu corpo estava entrando em colapso causado pela grande perda de sangue.  

- Octav... - Minha boca adormecerá e o oxigênio estava escasso em meus pulmões. - Dor...  

A garota pareceu entender em segundos, pois creio que eu não estava com uma face muito "colorida". Então minha aliada nos levou para a lateral direita daquela larga rua por onde montávamos nossa fuga, recostando-me em um dos parapeitos das antigas casas que ali cercavam o perímetro.
 
Octavia então pôs amostra suas habilidades medicinais, aprimoradas com cursos e treinos em seu distrito. Não senti no momento, mas ela havia rasgado uma de minhas mangas da camiseta para criar um torniquete.  

Ela amarrou a malha negra sobre meu ferimento, utilizando de uma força calculada, pois se excedesse os limites eu perderia minha perna por falta de fluxo sanguíneo. Logo minha circulação da perna diminuiu e consecutivamente o sangramento cessou.  

- Obrigado... - Agradeci juntando as forças, para esconder a dor que ainda permanecia no membro ferido.
 
- Por nada. Agora vamos, temos de nos esconder. - Ela estava certa, corríamos perigo ali naquele lugar aberto.  

Manquei escorado em Octavia por alguns minutos. Em meio ao perímetro avançado, olhamos entre janelas e dentre lixeiras à procura de qualquer item que pudesse nos ajudar futuramente. Por sorte entre as lixeiras, encontramos um pote de metal, daqueles que vendia-se milho verde, uma garrafa de plástico com dois quartos de água em seu interior, arames finos e sacolas plásticas.  

Octavia ia pondo no interior de minha mochila todos os objetos que eu indicava com os dedos. Minha perna latejava em meio aos agachamentos de Octavia, mas eu não deixaria que a garota percebesse que era fraco.  

Nos cinco minutos seguintes caminhamos escondendo-nos de quaisquer ameaças e ficando atentos á sons e movimentos dentro das casas. Em um momento um ruído brusco dentro de uma das casas nos fez arregalar os olhos e disparar nossos corações, mas por sorte, era somente um desabamento devido ao estado precário das casas.

Depois de desviarmos de alguns entulhos, assustemo-nos ao ver a duzentos metros a frente um enorme palco aberto com o que pareciam ser potes de alimento, eu quis ir até lá para pegá-los todos de uma vez, mas Octavia me puxou pelas costas do casaco antes de eu mancar uma única vez.  

- Não, é óbvio demais! É uma armadilha. - Indagou ela, entre cochichos. Continuando a me puxar até a lateral oposta donde estávamos - a esquerda - Abrindo uma porta como se soubesse que estivesse destrancada. A casa de paredes de cor bege parecia em bom estado tanto fora quanto dentro, em ambos de seus dois andares; O teto no interior era um tanto alto - considerando a arquitetura da Roma antiga. - O chão do primeiro andar era composto por lajotas de cor marrom - que em algumas partes estavam falhas ou rachadas - já na composição do espaço, somente um sofá de tonalidade azul podia ser visto coberto por um plástico de mudança empoeirado.

-Veja, deixaram o sofá. - Falei com vontade de me jogar sobre ele.
-Sim. Irei averiguar o andar de cima, qualquer coisa, me chame. - Disse Octavia enquanto subia as escadas em passo minuciosos e silenciosos.
 
Dei meia dúzia de passos para chegar até o sofá e retirar sua capa protetora feita de plástico, para sentar-me no mesmo. O estofamento era fino, mas envelhecido com o tempo. Para se dizer corretamente, tudo ali era envelhecido, tudo fora deixado para trás.
O teto soltavam punhados de pó enquanto Octavia caminhava sobre o chão do segundo andar. As paredes mostravam rachaduras e tinta descascada. As janelas - Duas, uma em cada lado da porta - estavam empretecidas pelo mofo e as cortinas que as cobriam estavam furadas, como se algum inseto tivesse tentando costurar aquele tecido com a boca.

O silêncio vindo da rua deixava parecer que a cidade era pacifica, mas para isto era necessário tirar os tributos sedentos por sangue, o ambiente destruído por bombas e os animais - bestantes - selvagens, era um tanto complicado conseguir paz naquele lugar.
Segundos após me sentar minha perna já começava a latejar, tanto quanto quando estava de pé. Busquei minha mochila nas costas e a abri, a procura de algum medicamento. Porém encontrei frutas que nunca havia experimentado, uma caixa de fosforo e uma bussola que parecia quebrada. Uma Bussola? Para quê? Para nos localizarmos em um local com limites?

Não precisaria daquilo para me localizar, já era treinado para isto. Utilizaria os astros para isto.

Pus a bussola no bolso lateral da mochila e guardei as frutas e a caixa de fósforos de volta no compartimento central da mochila.

Octavia então retornou ao cômodo térreo.  

-Oct, não quero reclamar de seu trabalho, mas o torniquete esta doendo. - Olhei para ela esticando minha perna direita enquanto permanecia sentado.

-Deixe-me ver... - Ela caminhou ligeiramente até mim e logo desamarrou o torniquete, analisando o ferimento. - Bom... - Ela fez uma cara ligeiramente assustada.

-"É tão ruim assim, Doutora?" - Sorri enquanto brincava com minha situação trágica.

-Babaca. Não muito, o ferimento é levemente profundo, mas cortou somente parte de seu músculo da coxa. Sem uma pomada cicatrizante, amanhã seu ferimento estará pior, a ponto de não te permitir andar. - Ela me lançou um olhar de dúvida enquanto proferia suas palavras.

-Caso você queira ir, eu entendo, serei um pes... - Ela me calou com um forte e confiante:

-Não! - Ela continuava a encarar-me, mas logo voltou sua atenção para sua mochila. - Eu lhe prometi uma aliança e só iremos nos separar caso nós entrarmos para os oito finalistas. - Ela retirou de sua mochila alguns itens, distingui um cantil, um pacote de biscoitos e uma bussola exatamente igual à minha - o que era estranho. - Bom, não temos nenhuma pomada ou medicamento. O máximo que pudemos fazer por hora com este ferimento é limpá-lo e estancar o sangramento.

-Muito bem. - Falei tentando sair do assunto de ela me deixar pra morrer. - Usaremos a água que encontramos na lixeira. Na minha mochila tem os poucos gravetos que encontramos e uma caixa de fósforos. Deixe que eu faço a fogueira, e você pode ir fechar as janelas e cortinas da casa. - Octavia então afastou-se após recolocar meu torniquete. Logo, passei do sofá macio e quente, para o frio e duro chão da casa à frente do sofá.

Retirei cada graveto da minha mochila e os separei por espessura, iniciando o processo de montagem de uma fogueira sem fumaça;

Arranquei um pedaço do estofamento do sofá para usá-lo como isca de chama. O pus no chão e o envolvi com uma camada de gravetos - do mais fino - posicionando-os sobre a isca de chamas. Peguei um dos fósforos de dentro da caixa, risquei-o na lateral da caixa. O ruído agudo do atrito da cabeça do fosforo com a lixa de enxofre da caixa anunciou o inicio de uma pequena chama no fosforo. A chama permaneceu até que a recostei sob a isca, que fez o fogo se alastrar. Uma pequena tocha começou a queimar do chão seco, aumentando o calor nos gravetos sobre ela e consecutivamente os queimando. Aos poucos eu ia posicionando mais gravetos sobre a isca - que agora estava carbonizada - aumentando gradativamente a espessura dos pedaços de madeira.

No momento em que Octavia retornou ao cômodo ela me encarou surpresa, devido as chamas que já estavam com dez centímetros - o essencial para um local fechado e o suficiente para ferver a água.

- Me dê aquele pote de metal que encontramos no lixo. - Pedi a Octavia. Ela logo retirou da mochila o pote e o entregou à mim.

Juntei um dos gravetos mais espessos e enfiei uma das extremidades do graveto dentro do pote de alumínio em formato cilíndrico. Em seguida o estiquei em direção ao espaço sobre as chamas, deixando o pote pendurado sobre o calor.

-Antes de usarmos, temos de esterilizá-lo, obviamente. - Sorri, enquanto explicava à Octavia.

Três minutos após ter posto o pote no fogo, o retirei, pondo-o diretamente no chão - Pois não queria me queimar - aguardando seu resfriamento natural em seguida. Assim que a superfície de aço esfriou, peguei a garrafa de água que encontramos e passei seu conteúdo para dentro do pote de alumínio. Cortei mais um pedaço do estofamento do sofá, mas desta vez para pegar uma tira daquele tecido grosso que o envolvia.

Perfurei a borda do pote de alumínio duas vezes, paralelamente em dois lados, passando a tira de tecido - de fora para dentro - em um dos furos e continuando - de dentro para fora - com a mesma extremidade da tira até o outro furo. Feito isto, amarrei as extremidades, formando uma alça para suspender o pode sobre as chamas.

Posicionei o graveto no centro do circulo de tira e suspendi o pote cheio de água sobre as chamas, tomando cuidado para não queimar o tecido e perder o líquido em seu interior.
Enquanto a água fervia, Octavia e eu discutimos os acontecimentos na cornucópia, até mesmo a morte que eu havia causado.

-Cali, não se martirize por tentar sobreviver. - Octavia tentava me pôr pra cima, apesar do meu estado de "acabado" estar claro. - Ele poderia ter te matado futuramente, ou me matado. - Mantive o silêncio entre meus lábios, sem nem ao menos procurar uma resposta, mas sim uma saída daquele assunto.

-A água esta fervida. - Disse retirando o pote sobre as chamas e posicionando-o sobre o chão novamente. Logo que o pote esfriou novamente, continuei. - Você pode? - Pedi mais uma vez ajuda à Octavia.

-Sim, claro. - Ela retirou o torniquete mais uma vez assim que voltei a sentar no sofá. - Bom, o sangramento diminuiu, isso é bom. - Ela então, utilizou do tecido utilizado para torniquete - originado de minha camiseta - para limpar meu ferimento, enquanto afogava o pedaço de minha camiseta na água morna.

-Isso arde! - Protestei pela dor mais tocante que à do próprio corte.

-O que arde, cura. - Disse minha aliada, protestando contra meu protesto.

-Parece minha mãe. - Por mais que não lembrasse de como ela era, eu menti. Mas pelo lado bom, o ferimento não parecia surtir tanto efeito em meu corpo.- Me sinto melhor.-

-Muito bem, descanse agora. - Disse Octavia enquanto terminava o curativo com o mesmo pedaço de pano que utilizara anteriormente para o torniquete. Era precário, mas era o que tínhamos.

Eu não protestei, eu estava fraco e realmente precisaria descansar. Deixei meu arco recostado no braço do sofá e logo ao lado minha aljava que agora continha sete flechas.
Deitei-me no sofá, entrando em um sono rápido. A dor em minha perna não se comparava no cansaço físico e mental que estava sentindo.

[...]

QUATRO HORAS DEPOIS.

Algo impedia meus lábios de se moverem, era uma mão, podia sentir. Meu sonho fora interrompido propositalmente. Antes mesmo de abrir os olhos pude sentir o "cheiro" de ameaça. Porém ao separar minhas pálpebras, minha visão perante mim, era de Octavia pedindo silêncio enquanto pressionava levemente minha boca com uma das mãos.
Assenti com a cabeça, sinalizando meu entendimento enquanto sentava no sofá. Octavia então levou os dedos perante seus próprios olhos e depois os apontou para uma das janelas ao lado da porta.

Sombras humanas se deslocavam entre as cortinas - Eram tributos - meus olhos buscaram a fogueira, porém Octavia já havia sido estratégica e a apagou antes de as ameaças se aproximarem. Então busquei meu arco silenciosamente, pondo a alça da aljava sobre meu ombro esquerdo. Puxei uma das flechas e a posicionei na base do arco, permanecendo sentado no sofá.

Duas sombras passaram perante as janelas.

Entre mim e Octavia o silêncio permanecia, somente a fraca brisa passava por ali.

Assim que os tributos se afastaram, Octavia lançou uma observação dura;

-Você deve ter feito a fogueira errado, eles devem ter visto a fumaça! - Ela cruzou os braços, mantendo sua cimitarra em mãos. Com aquele olhar, parecia que ela ia cortar minha cabeça naquele momento.

-Ou foi coincidência eles terem passado pela mesma rua que a gente. - Defendi minhas habilidades, era impossível eu ter errado a fogueira, nenhum vestígio de fumaça negra saiu dentre aquelas chamas enquanto eu estava acordado. Talvez ela havia tentado alimentar o fogo e acabou ferrando tudo. Não tentei argumentar sobre estes meus pensamentos para evitar discussões entre mim e Octavia. -Eles se foram é o que importa. - Indaguei. - Agora é sua vez de descansar.

Me levantei do sofá, dando lugar à Octavia e tentei um desafio: Subir as escadas.
Despedi-me de Octavia e subi o breve lance de degraus.

Por longos dez minutos oscilei subindo a dezena de degraus, mantendo um ritmo tão lento que uma formiga me ultrapassaria. Mancando, finalmente alcancei o desconhecido - até o momento - segundo andar;

Era uma sala exatamente igual ao andar de baixo, mas sem sofá, apenas janelas. Eram três janelas voltadas para a rua donde as ameaças vinham e outras três - paralelamente - na parede oposta. Se não fosse pelas cortinas o local seria tão iluminado quanto na rua.
Desloquei-me até a janela central da parede que dava para a rua. Sentei-me no chão de modo que meus olhos ainda conseguissem enxergar a rua.

Em questão de segundos devaneios tomaram conta de meus pensamentos. Como se um imã fosse posto em minha nuca e atraísse todos os pensamentos e memórias ruins.
Até que a imagem daquela criança sendo morta por uma flecha puxou minha atenção. Era tão clara a imagem, que jurava ter voltado ao tempo, como uma segunda chance para não matá-lo. Mas não, era uma memória.  

A imagem do garoto atacando uma tributo loira iniciou a reprodução, logo eu pude me ver - como uma terceira pessoa no momento - levantando o arco e mirando a flecha no garoto. Aquela sensação de poder e vontade de matar alguém percorria minhas veias naquele momento. O ódio pela capital formava a coragem para soltar o cordão. Mas assim que a flecha atinge o centro da testa do garoto, a sensação já não era a mesma. Eu havia matado uma criança, eu não era poderoso por isso, era muito inferior a um inseto. Logo que o garoto caiu em direção ao chão, eu tornei a mirar outra flecha na garota que o pequeno atacava.

Parecia um ciclo viciante. Eu me sentia impotente, queria matar para mostra o poder, mas assim que matava me tornava impotente novamente. E assim voltava a estaca zero,
Porém a garota corria e saltava feito um animal, ela queria me matar, pois eu matei sua vitima, era claro.

Os momentos seguintes foram de encontros e desencontros, até que minha perna fora atacada por uma machadinha e Octavia surgiu em meio ao combate para me socorrer.
Depois eu só lembro de Octavia fazendo o torniquete em minha perna.

Aquelas memórias estavam martelando meu lado homicida e fraco. Eu só sentia cede de matar novamente, era esquisito, era a covardia que me movia à matar, não á coragem. Eu estava me transformando em um psicopata. Um maluco.


O som de algo se movendo na penumbra do final de tarde em frente a nossa casa, fez minha mente se desvincular daqueles pensamentos desgostosos. Meus olhos buscaram o ser que se movia, era um dos tributos. Não reconheci o rosto, muito menos sabia seu Distrito de origem. Mesmo assim, tornei minhas ações para ataque silencioso. Abri a janela lentamente, sem entregar minha localização. Puxei meu arco junto a uma das flechas, enquanto tensionava o cordão e mirei no peito do tributo. Enquanto fitava seu corpo, pude ver que sua pele negra estava ensopada de suor e suas mãos vazias. Ele estava sozinho e sem armas. Um alvo fácil
Mais uma vez, sem hesitar, alimentei minha personalidade homicida; Soltei o cordão, deixando com que a flecha se libertasse do arco e fosse de encontro ao coração do tributo.
Em seguida fechei a janela, guardando minha localização. Caso ele sobrevivesse.
Escutei um som obvio e claro: De um corpo caindo.


Nos minutos seguintes, mantive-me escondido e sem me preocupar em esconder o corpo de meu segundo homicídio. Pois já anoiteceria e nenhum tributo ousaria sair de seu esconderijo.

Horas se passaram e nenhuma outra ameaça pode ser vista. Somente os ruivos dos bestantes ao longe do local puderam ser escutados.

Por um momento pensei estar ficando louco, mas uma luz começou a piscar em uma das janelas opostas a parede donde eu estava, aproximei-me curioso.

Afastei a cortina com a ponta do arco, logo meus olhos encontraram uma caixa metálica de pequeno porte pendurada no parapeito da janela no lado exterior da casa. Abri a janela e logo pude avistar os restos de um paraquedas no telhado da casa ao lado.

Eu já havia visto isto antes no jogos anteriores.

Era um item enviado dos patrocinadores. Puxei a caixa, abrindo-a e rezando para que fosse o que necessitávamos. Sorri ao ver a consistência do conteúdo no interior da caixa. Ansioso, acelerei minha corrida - mancando - até as escadas, as desci, e fui até Octavia.

-Octavia! Octavia! - Ela acordou assustada, levando sua mão até sua cimitarra que postava-se no chão ao lado do sofá.

-O que foi? Tributos? - Ela arregalou os olhos se levantando do sofá.

-Não! Acalme-se. - Ela baixou a guarda. - Olhe! - Disse esticando meu braço com o porte aberto em mãos.

-Não acredito! - Ela disse sorrindo.

-Sim, temos pomada!

[...]


Segundos depois Octavia já passava a pomada em minha coxa, racionalizando o material precioso. Aplicando apenas UMA camada e a cobrindo com um tecido novo - a outra manga da minha camiseta.

-Pronto, agora se acalme. - Ela disse sentando ao meu lado no sofá.
Puxamos alguns assuntos, enquanto comíamos uma das frutas de minha mochila - que Octavia disse que se chamavam-se Peras. Entre os sorrisos e estratégias eu mantive escondido - por hora - meu segundo ato como assassino e brinquedo da capital.[/i]

Aguardamos os anúncios das mortes.

E o que viria a seguir era - como sempre - movido pela sorte.



LEGENDA

CALIEL
OCTAVIA
MEMÓRIA
ATAQUE CONTRA ARCTURO

Adendos:


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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sex Jun 12, 2015 9:46 pm

Centro de Espetáculos - 2ª fase 100
O membro 'Caliel Kowalski' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'D10' : 10

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#2 'D10' : 4

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#3 'D10' : 10

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#4 'D10' : 10

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#5 'D10' : 10
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Mensagem por Alue Hërz Wermöhlen Sáb Jun 13, 2015 2:02 am

Centro de Espetáculos - 2ª fase 100


Happy Hunger
E os jogos começaram



EU TINHA MATADO DUAS PESSOAS. DOIS CARREIRISTAS! Eu ainda estava em êxtase com um sorriso bobo no rosto sobre aquilo, os tributos do quatro tinham ido embora, dos dos oito tiros, dois tinham sido por minha causa, sem falar que eu tinha cortado a mão daquele garoto do um que poderia morrer com uma hemorragia a qualquer momento, aquilo poderia até ser um pensamento de uma psicopata, mas eu me sentia bem com o que tinha feito, eu disse que ia sobreviver, e estava sobrevivendo, estava intacta, de tantas pessoas na arena, eu fui uma das poucas que estava bem, mas ainda haviam outras a matar, mas no momento minha preocupação era com Aion que estava com um machucado feio.

— Você é meio gordinho ein. — Comentei apoiando ele em meu ombro, segurei o machado com outro, ele pulava em uma perna e apressamos o passo, já que ficar ali no meio da rua não era algo que eu queria assim tão fácil não é? Encostei Aion na parede de uma casa, ele gemia de dor, eu tinha que usar meu pouco conhecimento de medicina para ajudá-lo. — Deixa comigo.— Me afastei dele e corri rumo a porta, acertei meu pé na porta, a fechadura quase foi rompida, eu realmente não tenho paciência para aquilo, claro. Ergui o machado e acertei a fechadura, ela caiu e a porta se abriu, nós entramos.

A casa tava na poeira pura, as janelas lacradas por dentro, alguns lençóis sobre os móveis, puxei um deles, era uma poltrona, Aion se sentou nela e eu respirei fundo olhando para ele fechei a porta atrás de nós, empurrei uma espécie de sofá velho para a frente da porta e caí sobre ele, meu corpo tremia um pouco talvez fosse a adrenalina. Abri a mochila e notei que não tinha muita merda, uma bússola que apitava, um saco de dormir e uma corda, que eu ainda ia usar pra enforcar alguém.

— Temos que cuidar disso aí.— Falei sobre o machucado de Aion, quando ficamos calados ouvir algo apitando do lado de fora da casa, ele me olhou e eu o olhei arqueando a sobrancelha. — Eu vou lá.— Comentei puxando o sofá, Aion me olhou e eu segurei o machado, abri a porta e segurei o mesmo com as duas mãos, depois passei pela porta olhando pros dois lados, não havia ninguém, só um pequeno pacote que tinha vindo da capital, era patrocínio. Ainda olhei pros dois lados, queria a certeza de que não havia ninguém por perto, respirei fundo e entrei na casa ainda sem abrir o pacote, fechei a porta com força e coloquei o sofá na frente dela novamente.

Me sentei olhando pra Aion, poderia ser uma bomba, qualquer coisa, mas quando abri o recipiente havia uma pomada dentro dele, respirei fundo, havia também uma mensagem  " Belo sushi loira, cuida dele - F ", eu nem precisava ser uma vidente pra ser que veio de minha estilista, Faora. Olhei pra ele e sorri de canto, minha barriga roncou baixo, me levantei me ajoelhando perto de Aion, minhas costas doíam um pouco depois de tanta movimentação. Passei os dedos na pomada e passei no machucado dele, respirei fundo passando parte da minha blusa onde tinha pano e Aion revirou os olhos de dor. — Vamos cobrir isso um pouco.— Comentei limpando um pouco de pomada na roupa, fui até um dos lençóis que cobriam um dos móveis com cheiro de mofo e rasguei de ponta a ponta uma tira. Abaixei perto de Aion, passei o pano devagar por seu machucado e dei um nó fraco em cima, ótimo.

Deixei ele lá, o rapaz já fechava os olhos, possivelmente estava com sono, segurei o meu machado e resolvi desbravar a casa. Andei num curto corredor, algumas portas estavam trancadas, mas a maioria dos quartos estava fechado, não que fossem muitos, no final dela havia uma espécie de cozinha, tinha um fogão que parecia até muito medieval, a lenha mesmo, uma espécie de geladeira, quando abri ela estava desligada, não esperei que estivesse ligada mesmo. No fundo dela,q eu fedia um bocado, havia duas maçãs, respirei fundo pegando as duas e voltando até Aion, no meio do corredor havia um banheiro, olhei a Pia, poderia ser útil. Coloquei as maçãs dentro da mochila que estava comigo e abri a torneia, o gosto de barro era um pouco presente, mas eu estava com sede, então bebi água e minha garganta pareceu agradecida com aquilo.

Enchi as mãos de água e levei para a sala, caiu um pouco no chão, mas precisava dar algo para que Aion bebesse,cutuquei-o com o pé, o rapaz tomou o pouco de água que tinha na minha mão, larguei a mochila no chão voltando naquela pia mais duas vezes para trazer um pouco de bebida para ele, não o suficiente, mas para não nos deixar sem nada na garganta. Joguei uma das maçãs nele, não aprecia no melhor estado, mas eu precisava comer algo logo. — Sobreviver, meu caro.— Comentei antes de morder a maçã e deitar no sofá pra tirar um cochilo.

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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sáb Jun 13, 2015 2:02 am

Centro de Espetáculos - 2ª fase 100
O membro 'Alue Hërz Wermöhlen' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'D10' : 10

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#2 'D10' : 3

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#3 'D10' : 3

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#4 'D10' : 6

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#5 'D10' : 10
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Mensagem por Arcturo O'Loughlin Dom Jun 14, 2015 2:19 am

Centro de Espetáculos - 2ª fase 100
A
cada passo, sua respiração vai ficando menos ofegante. A cada passo, a adrenalina ia se dissolvendo pelo seu corpo. A cada passo, as lágrimas paravam de escorregar pelas suas bochechas e seu rosto secava. A cada passo, sua mente compreendia e processava tudo o que havia acontecido em questão de minutos. Ele estava vivo.

Seu ombro havia sido atingido por uma seta de besta, o seu rosto tinha um pequeno arranhão e o seu emocional não ajudava em nada. No entanto, ainda assim ele havia saído vivo da Cornucópia e sem o pescoço degolado pela garota do sete, do quatro ou do doze. Ele nunca se imaginou naquela cena, batalhando pela sua vida onde suas pequenas ações poderiam definir se ele continuaria ali ou não. Ele até tentou, é verdade, mas tudo o que passava na sua cabeça o impediu de continuar: ele se viu sentado no chão, apenas desviando dos ataques e torcendo para ter condições de sair dali.

O desespero era visível, qualquer espectador em Panem que o assistisse naquele momento enxergaria a vontade de continuar vivo do garoto e a indecisão do que fazer nos próximos momentos. Apesar da dor no braço, conseguia carregar a mochila nas costas, já que seu objetivo principal, seu chicote, ficou para trás. Será que ainda existiriam chances para Arcturo? Ele estava desarmado e só podia contar com a sua fé - o que não duraria por muito mais tempo também.

No final daquela extensa rua, Arcturo podia enxergar alguma estrutura diferenciada. Algo como um auditório, anfiteatro ou palco. Parecia o lugar mais “em pé”, se comparado com todas as casas que cercam a extensa rua de paralelepípedo. Por mais que quisesse investigar o que havia no final daquilo, o seu cansaço era superior à curiosidade e não era hora dela matar o gato ainda. Rumou então, com cuidado, para uma casa adentrando um pequeno quarteirão. Não queria receber nenhuma visita inesperada enquanto se hospedasse naquele nem tão formidável local.

Sobre o que escondia aquela casa, a priori, não podia ser feita nenhuma conclusão, então todo movimento que Arcturo fazia era delicado e minucioso. O garoto do Distrito 10 não havia sobrevivido e visto tanta coisa como viu para falecer diante de uma situação estúpida. Girou a maçaneta da casa com a pintura pelas metades, exibindo toda a estrutura da residência feita de tijolos. Cuidadoso como uma costureira, abriu a porta enquanto a mesma rugia; seus olhos espiavam o primeiro cômodo da casa e um sorriso frouxo foi estampado no seu rosto quando ele viu que nada de ameaçador estava ali.

O chão rangia em certos lugares daquela antiga sala de estar, agora sem nenhum móvel, exceto um abajur quebrado no canto de sala e três pilhas de madeira espalhadas pelo lugar. Se aquele lugar simulava a Roma, aquelas casas deveriam ser as dos burgueses mais ricos ou dos nobres fora dos palácios, afinal, o tamanho daquela casa era muito maior do que a que Arcturo tinha no seu distrito. Haviam ali três andares.

Vasculhou toda a casa antes de se acomodar. Por sorte, no segundo andar, havia encontrado algumas barrinhas de cereal próximas à pia, onde pode saciar a sua sede. Quando finalmente decidiu repousar, escolheu o único quarto - também no segundo andar - que havia uma cama. O colchão estava meio rasgado e o lençol que cobria o móvel estava todo arreganhado. Era bom o suficiente para ele.

Sentou-se na beirada da cama e colocou as mãos no rosto. Não sabia mais o que sentir, afinal, Deus pareceu não estar ao seu lado uma hora atrás. Por mais que tenha saído vivo, tudo aquilo parecia muito mais um jogo de sorte do que de fé. Seu emocional estava literalmente fodido e Arcturo não hesitaria em usar palavras de baixo calão para se expressar, caso possuísse o dom da fala. Respirou mais uma vez, desta vez tentando soltar todas as impurezas que sua alma guardava e começou a vasculhar a mochila laranja que havia conseguido na Cornucópia. Uma pomada, uma bússola e um saco com algumas maçãs. Apesar de não esconder nenhuma arma branca, já era ótimo saber que teria comida e remédio para os próximos dias, mesmo que aquilo não fosse infinito.

Era péssimo estar sozinho diante de tantos inimigos, queria ao menos ter a sua parceira de distrito ao seu lado, mas nem isso. Pegou para si a pomada cicatrizante e, com cuidado, passou no corte em seu ombro. Urrou de dor, era péssimo a sensação de passar pelo ferimento aquela substância viscosa, mas era necessário. Ele precisava estar preparado para o que der e vier. Apesar de não ser um mestre em medicina, sabia que se tampasse o machucado o processo de cura iria ser mais rápido, pois o oxigênio não atrapalharia o seu metabolismo. Com os dentes, rasgou o lençol da cama em dois, um pedaço pequeno e o outro ainda grande. Envolveu no seu ombro o pedaço menor do tecido, dando um nó com a boca e a mão e respirou mais uma vez.

Aquilo podia ser apenas um pesadelo prolongado, seria tão mais fácil.

[...]


Nas próximas horas, Arcturo optou por descansar. Foram três ou quatro horas dormindo e, quando finalmente acordou, já sentiu seu ombro um pouco melhor e o pequeno hematoma em seu rosto não o incomodava mais. Todo o clima daquela arena era sereno demais, combinava com a sua personalidade que parecia estar mais mudada do que nunca.

Se sentia vivo, fato, mas um sentimento de ira e ódio percorria pelo seu corpo. Não pelos outros tributos, mas pelo seu próprio eu. Ele precisava ser tão frouxo? Talvez, se fosse um pouco mais corajoso, acabaria matando uma daquelas três garotas dos outros distritos e não sairia com nenhum machucado da Cornucópia. Apesar de ser magricela, não é de todo fraco. Sabe o básico de combate e ele é rápido. Arcturo não é só um cristão lunático e fraco; e ele só se deu conta disso agora.

Levantou-se da cama sentindo um sentimento diferenciado percorrer pelo seu corpo. Pela primeira vez na sua vida, ele também não viu necessidade de procurar Deus para sentir-se vivo e protegido. Deus não era o seu protetor naquele lugar. Arcturo precisaria ser a muralha de Arcturo. Arcturo precisa de si mesmo mais do que qualquer outra coisa. Quase como uma metáfora do destino, quando Arcturo ajoelhou para apanhar a sua mochila, seus olhos espiaram a região embaixo da cama em que dormiu. Havia ali um livro preto que ele tanto conhecia: uma bíblia.

Seria um patrocínio? Uma arma dos idealizadores para ferrar com todo o seu emocional? Independente do que aquilo estivesse fazendo ali, Arcturo agora sabia que não era aquilo que o faria vencer, mas sim sua condição existencial humana. Apanhou com desdém aquele livro que, logo na capa, havia o comum título de Bíblia. Não era hora de ler nenhum versículo para lembrar de seu irmão, era hora de despedir-e do mundo idealizado cristão para viver o mundo caótico humano. Foi preciso apenas um movimento brusco do braço para que Arcturo jogasse a bíblia pela janela.

Não se arrependeria daquilo tão cedo. Arcturo agora era um mero pecador buscando a sobrevivência. E, mais uma vez, não se arrependia disso.

[...]


A noite estava chegando na arena, o céu parecia ficar mais escuro a cada segundo e ele finalmente veria o rosto daqueles que faleceram. No entanto, ainda estava cedo demais para isso. Desceu as escadas para o andar térreo com o maior cuidado do mundo. Se alguém estivesse ali, ele saberia, era ótimo em rastrear e achar coisas e pessoas e, pela primeira vez, utilizaria isso para caçar pessoas ao invés de ovelhas.

Quando saiu da casa pela porta dos fundos, do lado contrário à rua, ele sabia que ninguém estava por perto. Permitam-me dizer que me equivoquei ao falar que ele sabe rastrear as pessoas, pois na verdade ele é ótimo nisso e o coitado mal percebe; é humilde e altruísta demais para isso. Atrás daquela casa, havia um extenso quintal com alguns arbustos e uma vegetação quase toda destruída por onde caminhava. Não procurava a bíblia que havia jogado pela janela, mas sim um cipó. Nos quintais daquelas casas, haviam algumas árvores e ele só precisava achar algum cipó resistente, porém flexível. Depois de, furtivamente e tomando cuidado com todos os aspectos que denunciariam a estadia de alguém por perto - mesmo aqueles pequenos detalhes -, avistou e apanhou para si o que queria. Não era uma arma branca, mas agora ele sabia que precisaria se defender com qualquer coisa que fosse útil. Achado o cipó, voltou para a casa em que estava e retornou para o quarto no segundo andar.

Assim que sentou novamente na beirada de aço da cama, o hino de Panem contagiou toda a arena. Como fez quando dormiu, cobriu-se com o resto de lençol que não estava no seu braço e assistiu a passagem de mortos. A garota do dois, o casal do três, o garoto do quatro e a garota da quatro. Quando o rosto da menina que nem o nome sabia, um calafrio percorreu por todo o seu pescoço. Ele assistiu a sua morte bem na sua frente, vindo do machado da garota do 7. Podia ser ele a morrer naquele momento, mas foi a garota a azarada. Todavia também podia ser ele a matá-la e, surpreendentemente, isso não o assustava mais. A contagem de tributos mortos cessou com o garoto do 5 e do 8. Os carreiristas ainda estavam por aí, mas em minoria.

Na chegada da noite, nenhuma outra lágrima escorria pelo rosto de Arcturo. De todas as ovelhas do rebanho de Deus, ele fora a que se rebelou e escolheu viver ao invés de ser degolado pelo pastor. Se o não mais seu senhor não estava ao seu lado, Arcturo não gastaria as suas possíveis últimas horas de sua vida contemplando-o. Ele tentaria, como nunca antes, viver.

Pecar é apenas uma consequência da tentativa de permanecer vivo.

Observações:


♫  I was left to my own devices, many days fell away with nothing to show and the walls kept tumbling down in the city that we love. Great clouds roll over the hills bringing darkness from above, but if you close your eyes, does it almost feel like nothing changed at all? And if you close your eyes, does it almost feel like you've been here before? How am I gonna be an optimist about this?  ♫
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Dom Jun 14, 2015 2:19 am

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O membro 'Arcturo O'Loughlin' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'D10' : 1

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#2 'D10' : 4

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#3 'D10' : 4

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Mensagem por Octavia Hön Wildëghor Dom Jun 14, 2015 6:46 pm

Centro de Espetáculos - 2ª fase 100
Havíamos escapado do Banho de Sangue. Estava feliz por isso, não havia saído machucada, poucos tinham essa sorte. Mas meu momento de felicidade durou por pouco tempo. Procurava por Caliel, até encontrá-lo ao chão, definhando-se de dor por conta de seu ferimento. Sentei-me ao seu lado, tocando com cuidado as extremidades distantes do corte para examinâ-lo. Aquilo estava profundo, mas não aparentava ter cortado nenhum vaso sanguíneo, o que em parte já era algo bom.

Gritei por Caliel para chamar sua atenção, precisávamos sair dali rapidamente ou poderíamos nos dar mal parados ali. Ainda com este machucado, sem nenhum tipo de apoio, poderia tornar-se uma hemorragia grave. Plantas medicinais e um torniquete daria conta do ferimento, mas precisávamos de ajuda vinda de fora dos jogos... Dos nossos queridos telespectadores. O jovem do Distrito 12 balbuciava meu nome, ele já havia perdido demasiado sangue, teríamos de sair dali agora ou ele iria desmaiar, assim não conseguiria levá-lo até um local seguro.

- Você tem de se levantar, eu irei te ajudar, certo? - Disse, observando-o com atenção. - Não coloque peso na perna machucada, apoie-se em meus ombros para andar mais facilmente.

O garoto, levantou-se com cuidado, a dor que sentia estava estampada em sua face, o que parecia não tentar esconder. Segurei seu braço para que tivesse mais apoio ao andar, dizendo-o para manter a perna machucada erguida, numa tentativa de não trazer outros problemas para si. Guiei-nos até uma larga rua, diversas casas rondavam o local, mas a grande parte das casas pareciam estar em ruínas, ali também era notável o forte odor de queimado.

Assim que já estávamos distantes o suficiente dos demais, ajudei meu aliado a se sentar em frente de uma das casas, precisava colocar minhas habilidades em ação naquele momento. Procurei por um pedaço de madeira em uma das lixeiras, procurava rapidamente por meus itens para não perder muito tempo, encontrando-o alguns minutos depois nos entulhos de um das casas destruídas. Estava chamuscada em alguns pontos, mas serviria naquele momento. Corri até Caliel com um pequeno sorriso gentil nos lábios, para demonstrar algum sinal de conforto, mas claro que não adiantava nada. Rasguei uma de suas mangas da vestimenta, infelizmente não havia encontrado algum tecido numa melhor situação. Dividi o tecido em dois, amarrando um deles no local do ferimento, torci três vezes e prendi o pedaço de madeira junto ao tecido em um nó forte. Amarrando o outro tecido na outra extremidade do pedaço de madeira, aquilo teria de servir.

Observei o ferimento por alguns segundos, vendo que o sangramento cessava pouco a pouco. Caliel agradeceu por minha ajuda, mas não havia feito nada demais, apenas tinha o dever de ajudar um amigo quando fosse necessário. Agora precisávamos encontrar um local para ficar, como também procurar por alimento e água potável, o que parecia ser algo difícil de se encontrar por ali. Procurávamos tudo o que fosse importante nas lixeiras existentes na larga rua, encontrei alimento e garrafas de água pela metade, poderíamos aquecer a água para que ficasse potável ao ponto de ser consumida sem nenhum perigo.

Encontrei algumas frutas que, ao meu ver, pareciam estar boas para o consumo, colocando tudo na mochila de Caliel, para não perder muito tempo ali. Pegava os objetos que Caliel apontava, ainda não sabia o que pretendia fazer com aqueles itens, espero que seja algo útil. Tentávamos caminhar em silêncio, tomando cuidado para não pisar em algo barulhento, não queríamos chamar atenção naquele momento.

[...]

Enfim encontramos um bom local para ficar, a casa estava em perfeitas condições para ficarmos, só achava uma má ideia ficar ali por muito tempo, poderíamos ser encontrados por algum tributo. Havia um palco no centro no local em que estávamos, Caliel não percebeu que era uma armadilha, mas avisei-o antes que desse mais um passo na direção do palco. Tudo o que precisávamos em um só lugar dispostos sem perigo algum? Aquilo não era algo dos Jogos, isso era uma armadilha, vai saber quantos bestantes podem estar escondidos ali, nunca se sabe.

De toda a mobília da casa, fora deixado para trás somente um sofá velho, não era grande coisa, mas poderia ser de grande ajuda para nós naquele momento. Deixei Caliel para trás no térreo, apenas para averiguar se a residência era um local seguro. Havia algums móveis danificados no segundo andar, em um dos quartos encontrei uma escrivaninha e duas cadeiras, no outro uma grande e velha cômoda com uma das gavetas vazias ao chão. Não tinha muitos móveis, mas seria bom inspecionar o local para ver se encontrávamos algum item interessante, poderíamos fazer isso depois.

Assim que voltara ao térreo, Caliel reclamou do torniquete que estava em sua perna. A dor era normal por conta da pressão feita sobre o ferimento, mas com o tempo se acostumava. Caso isso não ocorresse, poderia ser algo pior. Retirei o torniquete de seu machucado, analisando-o. Arregalei os olhos ao perceber sua situação, se não cuidassemos disso rápido, poderia tornar-se uma hemorragia, em algum tempo o sangue envenenaria e... Bem, era óbvio o que poderia acontecer. Por que ninguém ajudava? Já havia se passado um bom tempo, deveríamos ter recebido alguma ajuda. Resolvi não dizer a verdade por completo, apenas uma parte dela, ainda tinha esperanças nos patrocínios.

- Babaca. Não muito, o ferimento é levemente profundo, mas cortou somente parte de seu músculo da coxa. Sem uma pomada cicatrizante, amanhã seu ferimento estará pior, a ponto de não te permitir andar. - Disse, observando-o.

Estava em dúvida, talvez ele não acreditasse nisso, mas ele não parecia ter nenhum aprendizado em medicina ao contrário de mim. Estava absorta em pensamentos até escutar as palavras de meu aliado: "Caso você queira ir".

-Não! - Pestanejei, arregalando os olhos de assombro por sua débil ideia. Voltei minha atenção para a mochila, evitando olha-lo.  - Eu lhe prometi uma aliança e só iremos nos separar caso nós entrarmos para os oito finalistas. - Continuei, retirando todos os itens de minha mochila, esses eram: um cantil com metade da água, um pacote de biscoitos e uma bússola quebrada, soltei-a instintivamente dentro da mochila, lembrando-me da história de meu mentor. - Bom, não temos nenhuma pomada ou medicamento. O máximo que pudemos fazer por hora com este ferimento é limpá-lo e estancar o sangramento.

Caliel meneou a cabeça, dizendo que faria uma fogueira, me parecia algo arriscado, mas não questionei. Meu objetivo era fechar as janelas e qualquer lugar que demonstrasse o sinal de luz. As cortinas das janelas estavam cheias de furos, não adiantaria muito o que eu faria, mas fiz o melhor que pude para tampar qualquer sinal de luz suspeita, puxando a cortina quando encontrava frestas maiores. Não sabia quantos tributos haviam no Centro, mas seria bom tomar certo cuidado.  Voltei até o local que o jovem do Distrito 12 se encontrava, surpreendendo-me ao ver a fogueira que havia feito com tanta exatidão.

O jovem solicitou-me o pote de vidro que pegamos durante nossa procura, peguei-o dentro da mochila, entregando-o em seguida. Observei os movimentos de Caliel, ele tinha conhecimento no que fazia, pelo menos um de nós sabia fazer fogo. Quando a fogueira ficou pronta, a água que encontramos anteriormente foi colocada para ferver, um metódo muito utilizado de purificação. Os acontecimentos na Cornucópia tomaram conta de nossas conversas, por um momento havia esquecido o que fiz naquele lugar, assassinei alguém friamente, sem qualquer dúvida do que estava fazendo.

- Cali, não se martirize por tentar sobreviver. - Comecei a falar, tentando reconfortá-lo de alguma forma. Isso sempre acontecia, claro que ninguém era um assassino, sempre ficavam com remorso de suas atitudes, eu por outro lado tentava esconder o que sentia, nunca deixando demonstrar nenhum modo de tristeza. - Ele poderia ter te matado futuramente, ou me matado. - Finalizei, proferindo as últimas palavras num sussurro audível.

Neste momento o assunto se encerrou, a água estava pronta. Retirei o torniquete da perna de Caliel, pegando o tecido ensanguentado e mergulhando-o na água morna. O ferimento já não sangrava mais, o contato da água com a superfície machucada iria arder, mas creio que seria um bom sinal neste quesito. Em meio aos protestos de meu aliado, respondia no mesmo nível, tentando fazer o melhor que podia nessas condições. Quando o ferimento aparentou estar limpo, mergulhei o tecido novamente na água avermelhada, tentando deixá-lo limpo o suficiente para fazer o torniquete novamente.

Assim que finalizei meu trabalho, pedi para que descansasse. O repouso era necessário em ferimentos que dificultavam o indíviduo, e ainda tínhamos tempo para isso. Recostei-me no sofá, observando as chamas da fogueira bruxuleando-se, caso não recebêssemos o patrocínio, teria de fazer uso das plantas que havia encontrado no caminho até aqui. Estava receosa com toda a situação, deveria ficar de guarda durante o descanso de Caliel, ele precisava mais do que eu naquele momento.

Um cilindro de metal caíra praticamente ao meu lado, fazendo-me tomar um susto. "Aquilo seria...", pensei comigo mesma, pegando-o rapidamente. Ao abrir o compartimento, notei uma cartela de comprimidos dentro, finalmente havia conseguido ajuda.

[...]

Conseguia ouvi-los claramente se aproximando, eram dois tributos que se aproximaram graças a bendita fogueira. Um arrepio percorreu minha espinha e meus movimentos eram executados de maneira mais lenta e minuciosa possível enquanto tentava apagar a fogueira. Por sorte, um deles se entregava ao fazer um ruído alto o suficiente para ser escutado, se não fosse por ele, já estaríamos mortos. Há males que vem para o bem, afinal. Meus dedos agarravam com força o cabo de minha cimitarra, esperando  que não precisasse usá-la neste momento.

Antes que Caliel pudesse despertar e provocar algum movimento brusco que nos matasse, coloquei minha mão sobre sua boca para impedir que fizesse qualquer barulho que pudesse acabar nos matando. Percebeu que a porcentagem de nosso fim é alarmante, não é mesmo? Indiquei com os dedos para a janela, deixando-o ainda mais convicto do quanto estavam próximos de nós.

Duas malditas sombras passaram pela janela. Passaram-se alguns minutos para que finalmente me recuperasse e retornasse minha atenção ao meu companheiro.

- Você deve ter feito a fogueira errado, eles devem ter visto a fumaça! - Adverti-o, cruzando os braços com a cimitarra ainda em mãos. - Pode falar mais baixo? Eles podem voltar. - Continuei, encerrando as desculpas do adolescente. Francamente.

Demorei para que pudesse finalmente me entregar a inconsciência. Fechei os olhos e me escorei naquele velho sofá como se fosse a cama mais confortável deste mundo.

‘’Quantos segundos haviam se passado?’’

Sentia que não dormira nem o que merecido, e pressentia que Caliel deveria ter se metido em uma enrascada, no entanto, eu ainda estava viva. Despertei completamente assustada ao me deparar com exclamações altas demais e vistos como gritos para chamar pelos bestantes e os demais tributos que jaziam vivos por aí, apenas esperando a oportunidade perfeita de nos matar. Ergui-me do sofá em um átimo.

- O que foi? Tributos? - Baixei a guarda quando sua expressão não carregava preocupação e sim estava estranhamente satisfatória. Suas mãos ergueram-se  me mostraram um pote de com conteúdo pastoso. - Não acredito!

É, havíamos ganhado na loteria.

No minuto seguinte preparava-me para abrir o ferimento para que pudesse aplicar uma camada generosa de pomada para que curasse o mais rápido possível. Infelizmente não tínhamos todo o tempo do mundo. Desfiz o torniquete que havia feito em movimentos delicados e passei a pomada para que tampasse novamente o machucado com mais uma das mangas de Caliel.

- Pronto, agora se acalme. - Disse finalmente, enquanto me acomodava no sofá. - Tome estes comprimidos também. - Finalizei, entregando-o dois comprimidos que havia ganhado. Ele pareceu surpreso, mas contei a história no mesmo momento, estaríamos com sorte?

Nos alimentamos de uma fruta deliciosamente suculenta que expliquei a Caliel que se chama pera e discutimos sobre estratégias que pudessem nos servir em combate e sobrevivência, esperando apenas o anúncio dos próximos mortos que facilitariam o nosso jogo. Ainda não tentava pensar no momento que teríamos que enfrentar um ao outro, afinal, nunca se sabe o que pode acontecer dali pra frente.

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Mensagem por Brahms Hool McKnight Dom Jun 14, 2015 6:46 pm

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O membro 'Octavia Hön Wildëghor' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'D10' : 7

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Mensagem por Octavia Hön Wildëghor Dom Jun 14, 2015 6:51 pm

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Rolando o quinto dado.
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Dom Jun 14, 2015 6:51 pm

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O membro 'Octavia Hön Wildëghor' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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Mensagem por Charlotte M. C. Reinhardt Seg Jun 15, 2015 1:53 am

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Os tributos do Distrito sete estavam caminhando, enquanto Alue, a menina, carregava Aion. Ela parou de andar com o colega, e encostaram na parede de uma casa. A menina abriu a porta da casa com o pé, depois com o machado, a arrombando, então arrastou o colega para lá, o colocando no sofá. Os tributos do Distrito da Madeira, tinham sido sortudos. Um patrocínio. Aquilo salvaria o casal, por enquanto. A jovem começou a passar a pomada no machucado do aliado, enquanto o tratava. A dor diminuíra um pouco, assim como o sangramento, mas não curaria totalmente, o rapaz ficaria com uma dor que o incomodaria um pouco, mas nada grave. A tributo do Distrito sete conseguira achar algo para comer e saciar sua fome, não a deixando com tanta fome a ponto de incomodar, mas não conseguira tomar muita água, agora, era apenas questão de se cuidarem e se precaverem. No final, estavam sentados na sala, comendo e conversando.

Em outra ponta do Centro de Espetáculos, estava Arcturo, o cristão, tributo do Distrito 10, longe o bastante de sua companheira de Distritos, Catze. Para o azar de Arcturo, ele não achara nada para comer, o que iria lhe incomodar, em relação a sede, quanto ao cipó que o tributo tentara pegar na casa em que estava abrigado, infelizmente não conseguira todo o tamanho que queria, não um pedaço extenso, mas também não pequeno, mas pouco, o rapaz estava em problemas. Decidira andar para um canto qualquer do Centro de Espetáculos, explorar. Ver o que tinha por lá, até que encontrara o tributo do distrito 12, ambos começariam uma luta para decidir quem viveria e quem morreria. Oras, um pouco de sangue nunca fez mal.

Os tributos do Distrito 6 e Distrito 12, talvez fossem os mais sortudos, conseguiram um lugar até mesmo confortável, se instalaram e lá, a primeira coisa que fizeram foi uma fogueira, sem fumaça, mas que apesar de ter sido bem montada, soltava fumaça, mas era muito difícil de outros tributos verem, só aqueles que fizerem muito esforço viriam. O garoto do Distrito 12 tinha um torniquete. Quando chegaram, todos os objetos que Caleil encontrara no lixo, o ajudariam, ao menos, ele esperava. Caliel matou sua fome e sua sede, mas não totalmente, assim como Octavia. Porém, a menina tinha um pouco mais de sede e fome. Depois de se alimentarem, o tributo do distrito 12, foi explorar. Enquanto andava, parou em uma casa, onde encontrara Arcturo, do Distrito 12, ambos começariam uma luta para decidir quem viveria e quem morreria. Agora, era viver ou morrer, e poucos segundos depois, todos os tributos ouviam um canhão. Mais uma morte. Poucos minutos depois, um aerodeslizador aparecia para levar o corpo do tributo caído. E assim, seria novamente após esse encontro dos dois tributos.

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Mensagem por Charlotte M. C. Reinhardt Seg Jun 15, 2015 7:32 pm

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Centro de Espetáculos
Um tiro de canhão ressoava pela a Arena.  Mais uma morte. Os tributos encararam a tela que aparecia. O hino de Panem começara a tocar, então exibiam a foto do tributo morto: Dharos McKlaus, Distrito 1. Alguns tributos até poderiam ficar feliz, outros nem tanto, mas assim era a Arena. Morte os cercariam e apenas um sairia vitorioso. Aqueles tributos não tinham a dimensão total do tamanho do Caos que aquela Arena, que aqueles jogos seriam. Aquilo, tinha apenas começado e se fossem espertos, sobreviveriam. Como? Era a última coisa que precisavam pensar o que era preciso, era saber quem e como matar.
 
Todos os tributos estavam espalhados pelas as 3 partes da Arena, mas tirando o único combate que acontecia, entre o tributo do Distrito 10 e o tributo do Distrito 12, aquela Arena estava muito parada para o gosto dos idealizadores. Na central de comando dos jogos, duas das idealizadoras, uma ruiva e uma loira conversavam sobre o que poderiam fazer para dar uma ‘animação’ e fazer o sangue fluir naquela Arena.
 
Para todos, os eventos que se seguiriam, seriam um tanto incomuns. No Centro de Espetáculos, até mesmo nas proximidades, o risco tinha se presente. Uma colmeia de teleguiadas tinha sido colocada pelas idealizadoras pela a manhã, e em seguida, um terremoto leve, tinha sido dado, enquanto a colmeia quebrava e as teleguiadas saíam voando, mas o diferente naquele local, era a presença de tordos geneticamente modificados com bicos que furavam mais que o ferrão das teleguiadas e o veneno era mais potente, enquanto continuavam os terremotos em intervalos irregulares. Era agora, viver ou morrer

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Mensagem por Alue Hërz Wermöhlen Sáb Jun 20, 2015 3:47 am

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Happy Hunger
E os jogos começaram



Passei mais pomada no machucado de Aion que parecia estar cada vez melhor, meu corpo estava um pouco mais recuperado, a fome ainda não tinha passado por completo, mas em compensação parecia um tanto quanto menor. Deitei no sofá, minhas costas precisaram ser estaladas e eu bocejei, tinha verificado cada janela daquela pequena casa, todas pareciam bem trancadas, além de uma espécie de papelão do lado de dentro das mesmas que impedia que a luz lá de fora fosse invadindo a casa, por mais abafado que aquilo parecesse era o melhor, não queria que ninguém nos achasse ou invadisse nosso esconderijo.

Adormeci ali, no sofá encostado na porta para que ela não abrisse sem que eu sentisse alguém empurrando a porta, já que eu estava deitada no sofá. O sono veio chegando logo, bocejei umas três vezes, dormi olhando pra Aion que já havia caído em sono profundo, eu tinha o sono leve, enquanto acordar não seria uma coisa muito difícil, mas eu estava tão cansada naquele momento que adormecer foi uma tarefa muito fácil até. Sonhei com meu pai e meus irmãos, ele pareciam orgulhosos de mim, orgulhosos com sorriso no rosto, diziam que eu ia ganhar, que estava bem e bom ... que tudo daria certo, foi quando acordei.

Esfreguei os olhos levantando rápido, ainda não tinha amanhecido e Aion se enrolava naquele tecido fino que antes cobria a poltrona, respirei fundo, havia sido um tiro, quem tinha morrido? Afastei um pouco o papelão da janela, vislumbrei de um pequeno buraco, entre o vidro um pouco embaçado, a imagem do garoto do D1, não sabia se ele tinha morrido por hemorragia ou alguém o tinha feito, ergui e abaixei os ombros, estava satisfeita, eram quatro carreiristas mortos agora, só faltava a menina do um e o garoto do dois, mas teria tempo de ir atrás deles, ou ouvir os tiros de suas mortes, depois.

Joguei-me no sofá, ainda segurava o machado perto do corpo, o sono possuía-me, ainda mais por ter sido acordada de supetão pelo barulho de mais um tributo morto. Eu estava sempre armada para quando precisasse que isso acontecesse, que eu precisasse lutar. Dessa vez eu só vi Aion no meu sonho, ele me agradecia pela ajuda que tinha o dado, por não ter deixado que ele ficasse na arena, sozinho, morrendo por lá mesmo, no começo fiquei confusa entre sonho e realidade, mas algo me trouxe de volta ao que de fato era real.

Um terremoto me jogou no chão, e dessa vez também acordou Aion, os Idealizadores não estavam anda felizes cm o fato de não estarmos matando uns aos outros, realmente, eram poucos tiros, na verdade tinha ouvido só um. Afastei o papelão da janela ouvindo alguma coisa lá fora, primeiro foram gritos, pensei comigo sobre o que era aquilo, pareciam abelhas, só que maiores, eu não queria ficar ali pra descobrir o que eram ou o que poderiam fazer. — Ei! Aion, levanta, vem! — Puxei-o pela mão, nos aproximamos de uma cômoda de tamanho médio e começamos a empurrá-la.

— Pro banheiro! — Falei enquanto empurrava com ele, precisávamos de algo para segurar a porta. Quando já estávamos terminando de enfiar a cômoda dentro do banheiro ouvimos uma coisa, eram batidas fortes na porta, que logo começaram a formar um buraco na mesma. — Droga! Vem, vamos buscar os criados mudos e tem uma chapa perto do sofá, deve servir — Comentei com Aion enquanto ele mancava um pouco e corria na frente, eu não sei o que eram aquelas coisas, mas na verdade não queria descobrir.

O primeiro deles entrou e estava prestes a acertar Aion quando eu o rebati como machado e o bati na parede, Aion empurrou os dois criados e eu peguei a chapa, outros bichos passaram pelo buraco, mas já entrávamos dentro do banheiro e fechávamos a porta. A chapa, que parecia de algum metal forte, talvez, não eram tão leve quanto parecia, deixou minhas mão vermelhas, mas seria uma boa barreira. A encostamos na porta e depois colocamos a cômoda encostada nela, por cima da cômoda um criado e tivemos a peripécia de equilibrar o segundo criado sobre o primeiro, tocando quase o teto, então respirei um pouco aliviada. — Nós estamos presos aqui por enquanto. — Comentei com a voz rala me sentando no pouco chão que sobrara e Aion sobre o vaso. Me levantei minutos depois abri a torneira da pia bebendo um pouco de água, estaria tudo escuro se não fosse um vidro perto de Aion que deixava a luz entrar, mas que não fazia o mesmo com o vento.



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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sáb Jun 20, 2015 3:47 am

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Mensagem por Alue Hërz Wermöhlen Seg Jun 22, 2015 2:54 am

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Esqueci o dado de fome, só vi agora x.x
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Seg Jun 22, 2015 2:54 am

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Mensagem por Caliel Kowalski Seg Jul 13, 2015 1:18 am

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Quem não se acostumaria com a chacina quando se trata dos sádicos Jogos Vorazes? Eu agora estava mais parecido com um serial killer do que nunca e nós só tínhamos a ganhar com isso. Quanto mais assassinamos, mais próximos estávamos de lutar um contra um outro. Este é um fato que não poderia ser evitado, á menos que um de nos fosse morto antes disso. Talvez acontecesse, mas até agora estávamos vivos. Isso é o que importa.

Neste momento havia tordos famintos e teleguiadas prontas para cravarem seus ferrões em minha pele. É, parecia um daqueles pesadelos ruins que não se pode fugir jamais. Uma camada de suor jazia na superfície de meu corpo e em meus cabelos que quase caiam em meus olhos. Fôlego? Não me restava quase algum quando finalmente avistei a breve moradia que passei com a minha desaparecida parceira. E se ela estivesse morta? Quase derrubei a porta com o impacto assim que parei em minha desesperada corrida. Não pude evitar que meus olhos brilhassem, no momento seguinte, assim que observei os itens que pertenciam a Octavia no chão da sala, intactos e esperando por algum sortudo.

Parecia que a sorte finalmente estava agindo ao meu favor.

Recuperei o fôlego rapidamente e me apossei dos itens, principalmente da minha mochila que estava no mesmo lugar que eu a deixei. Parecia que ninguém havia encontrado nosso esconderijo, afinal. Minha felicidade não durou muito, ainda conseguia escutá-los do lado de fora. Tomando o maior cuidado possível, desci as escadas desesperadamente na tentativa de me esconder no pequeno porão abafado. Haviam diversos móveis cobertos ali, poderia fazer uma busca pelo local quando não estivesse sofrendo um ataque. Escondi-me dentro de um armário de aço, parecia ser resistente. Peguei a garrafa d'água de minha aliada, tomando um gole para saciar a sede, espero que ela não se importe caso encontre-a novamente. Achava estranho o fato dela ter sumido repentinamente de nosso esconderijo após termos combinado de sempre conscientizar um ao outro caso precisássemos sair da casa. Peguei uma de minhas peras, comendo-a com rapidez, evitando pensar em Octavia no momento. Tinha outras coisas para me preocupar, como os bestantes invadindo nosso esconderijo, mesmo que não tenha escutado nada.

Tomei meu arco em mãos, enquanto permanecia em um dos cantos com uma de minhas flechas pronta para ser utilizada em qualquer instante, apenas esperando meu próximo alvo.


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Mensagem por Brahms Hool McKnight Seg Jul 13, 2015 1:18 am

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Mensagem por Alaric Alioth Sáb Ago 08, 2015 5:08 pm

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Assustada pelo súbito tremor de terra que a lançara de um lado para o outro dentro de seu esconderijo, Octavia do Distrito 6 agarrou sua lâmina e correu para a porta do edifício, observando pelas brechas a aproximação de um inimigo que não se mostrou visível. De guarda baixa, a ruiva abriu a porta e arriscou tímidos passos até a rua, apenas para ser surpreendida novamente, dessa vez por uma nuvem de teleguiadas que explodira em sua direção. Ela começou a correr em desespero, mas não demorou até que o veneno das inúmeras picadas que sofrera levasse o seu organismo a um completo colapso. O enxame de insetos letais se evadiu, deixando Octavia caída e sem vida entre alguns sacos de lixo a poucos metros de distância da entrada de seu esconderijo.

Não muito longe dali, os aliados do Distrito 7 procuraram abrigo tão rápido quanto perceberam o ataque dos bestantes alados. Entretanto, ambos perderam muito tempo arrastando móveis para construir barricadas e antes que eles pudessem se proteger devidamente, os tordos já invadiam o recinto. Alue protegeu seu parceiro ferido com prontidão, mas nem seus rápidos movimentos com machado foram suficientes para conter o ataque dos bestantes. No frenesi do combate, Aion fora severamente ferido pelas aves de bicos afiados e implorou para que a parceira se salvasse. Alue não deixaria seu parceiro por nada, mas o mesmo - desacreditado - atraíra a atenção dos bestantes para si, dando à sua parceira a chance de se proteger. Relutante, Alue correu para o banheiro e se protegeu usando uma chapa de metal como barreira atrás da porta de madeira espessa. A loira pode apenas ouvir os últimos gemidos de agonia de seu aliado que estava morrendo do outro lado da porta.

Após retornar de um combate do qual saiu vitorioso, Caliel surpreendido por uma das ondas de tremor e consequentemente por um dos enxames de teleguiadas que explodiu de uma das colmeias derrubadas pelos arredores. O garoto do Distrito 12 foi hábil em sua fuga e conseguiu deixar o enxame assassino para trás. Regressando ao seu esconderijo, o arqueiro se surpreendeu ao encontrá-lo vazio. Ele não sabia que sua aliada já estava morta, e assim que ouviu os zumbidos infernais se aproximando novamente, ele logo procurou abrigo no porão do edifício. Escondido dentro de um apertado armário de metal, Caliel permaneceu horas rezando para que o ameaçador barulho das teleguiadas se esvaísse.

OBSERVAÇÕES:
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