Sobrevivência - Segunda fase - Segunda parte

Três tiros de canhão. Quatorze sobreviventes. As ruas da capital tumultuam-se freneticamente, a mansão presidencial está o tempo todo cercada de jornalistas tentando avistar Arthur. - QUEREMOS AÇÃO! - Gritavam os capitalistas viciados em sangue e tragédia alheia. Arthur - sentado em sua poltrona - observa tudo pela janela, seu olhar indiferente não demonstra emoção nenhuma, seus pensamentos estavam longe dali. O Presidente perguntava-se o que fazer a seguir, tal pensamento durara duas longas horas de reflexão. Subitamente, suas mãos gélidas apanham o celular sobreposto em sua escrivaninha, alguns números discados e um "hello". - Pode deixar, Arthur. Cuidarei disto. - Charlotte corre até a sala de comando da arena e chega gritando - PRECISAMOS DE ALGO DIFERENTE! - Os funcionários fitam a idealizadora furiosa, Arthur sempre jogava as responsabilidades para o coordenador da arena. - Um evento... Vamos adiar o evento do Top 8.

Frio. Sangue. Sobrevivência. É tudo que passa pela cabeça dos Tributos remanescentes, não há nada a fazer se não matar. O som do vento abraçando as coníferas emitia um uivo assustador, tal ação era proposital. O clima começara a mudar subitamente, o céu ficara nublado, não via-se nada além de nuvens cinzas cobrindo o antes céu azul. Os Tributos notam o perigo e preparam-se para correr. A Cornucópia começa a estremecer, o som de algo tremendo é audível em toda a arena. A água congelada é rompida pela água líquida localizada abaixo do gelo, a Cornucópia começa a ser inundada; a água inicia um processo de multiplicação, as moléculas de H20 triplicam-se em uma reação criada por Charlotte. Logo a água começa a sair da Cornucópia e rumar em direção à floresta e às montanhas. Cada segundo é tempo suficiente para a água - absurdamente gelada - ganhar altura, um minuto de reação é o suficiente para o lago tornar-se um tsunami.

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Ficha:

Posts até 26/12.

A onda que começa pequena, logo consegue altura e velocidade em questão de segundos. Todos os Tributos preparam-se para correr, e assim fazem. O pobre Josh, que estava preso em uma armadilha de urso, avista o céu assumindo um tom escuro e começa a sentir o tremor, o garoto desespera-se e tentar soltar a armadilha; ignorando a dor causada pela ação. Consegue soltá-la por dois segundos, contudo, não tem forças para abri-la de vez, fazendo com que as lâminas voltem a perfurar o seu osso. Josh grita com a dor aguda que o domina, não tem tempo para escapar. Avista a água assustadoramente alta aproximando-se, o tributo fecha os olhos e se prepara para sua morte.

Os carreiristas levantam acampamento e preparam-se para correr. Alexei é o primeiro a tomar tal atitude e assume a dianteira, ignorando seus ferimentos. Os outros tentam acompanhá-lo mas nem todos obtém sucesso. Hayley consegue acompanhar seu companheiro de distrito com facilidade, contudo os outros três não são tão rápidos. Widdly estava lento, o que impossibilitava uma caminhada muito rápida. Os três correram tanto, que pareciam ter corrido por horas, o que na verdade durara segundos. Krayt se desespera ao ver a água se aproximando, era possível ouvir o som das ondas enfurecidas tentando engolir os carreiristas. O garoto do 8 tenta rumar para outra direção, com o intuito de escapar do perigo; já que tinha a certeza de que seriam pegos. Alexei e Hayley somem de vista, deixando os três para trás. Finalmente, a água chega aos pés de ambos os três e os engole. Makenna afunda na água e tenta nadar para o topo da onda, tentando respirar. Widdly não consegue fazer muita coisa, já que estava ferido. Krayt sente seus pés abandonarem o chão, seus batimentos vão à loucura. A única coisa que os carreiristas desafortunados conseguem ver, é a arena em um tom azul e o rastro de destruição que deixavam junto com o tsunami. Logo algumas árvores começam a desabar, e o fôlego esvair-se dos pulmões dos três carreiristas. Makenna agarra o pulso de Widdly levando-o para a superfície, porém não avista Krayt para ajudá-lo. O garoto do 8 sente uma tontura natural causada por afogamento, sua visão escurece e sua boca torna-se seca.

Elleanorah também é pega pelo tsunami, as águas engolem o corpo da carreirista deixando-a com ainda mais frio. A garota desmaia em meio ao desespero, seu corpo - ainda vivo - afunda ainda mais na água. Lara e Harvey são os que mais se desesperam, ambos correm em uma velocidade considerável nos primeiros metros conseguindo manter distância do tsunami, contudo, Lara estava lenta e não consegue manter o ritmo. A garota percebe o que está por vir e grita: - FIQUE COM MINHA MOCHILA! - Diz, entendendo o objeto para o ruivo. - Você não vai morrer, Lara. - Responde Harvey, sendo complacente. Lara segura as lágrimas em seus olhos, mas não o suficiente para Harvey notar. O ruivo percebe as ondas aproximando-se violentamente e apanha a mochila, dando um beijo no rosto de Lara. - Vença. - Diz a garota. Harvey assente e corre para longe da garota, deixando-a para ser engolida pelo tsunami.

Rhaenna cometera um erro: correra para a área errada, não havia se distanciado da Cornucópia. Se não fosse pelo seu corpo intacto, a garota teria sido engolida pelo tsunami. A tributo percebe o erro e muda seu rumo para outra área, escapando ilesa.


Gwen e Dimka, ambas feridas, iniciam uma escalada desesperada em direção ao topo da montanha. Não demora muito para que o tsunami consiga engolir as aliadas, as águas conduzem - propositalmente - as duas garotas para o topo, para que assim avistem o vale e sua casinha. Ramonna e Ruby, juntas de Alexei, Hayley, Rhaenna e Harvey, não são atingidas pelo tsunami. Ambas começam a subir as montanhas, Ramonna percebe o que estava acontecendo. - Eles estão nos conduzindo para o topo, deve haver algo além do pico. - Nota-se um tremor em sua voz. - Estão nos aproximando dos outros Tributos.

Mortes do dia:

Pequeno vídeo da arena pra vocês, feito por Liwig. Clica aqui.