PERSONALIDADE

Aparentemente uma garota frágil e de mente leve, é totalmente o contrário do que os olhos estranhos inferem. Tem uma chama no âmago que lhe permite ser totalmente independente e destemida, não poupando esforços para conseguir o que almeja. E o que almeja? A pequena Juliett almeja ser vista. Almeja alcançar a glória e chegar à fama. Almeja morar na Capital com os poderosos, e, acima de tudo, ser poderosa. Inteligente e calculista, não se deixa levar pelo emocional. Procura ser realista em tudo, e se sobressair a si mesma. Não se contenta com suas limitações, sempre tentando pô-las de lado e passar para um nível superior.

HISTÓRIA

O que dizer de uma menina que perdeu tudo?

Tudo começou quando tinha três anos. Filha única de Marie Löwen e Adolf Wöfrawbjank, era uma menina amada e criada na melhor das situações. Um infeliz acaso levou os pais da menina a falecerem com uma doença rara que os matou durante o sono. Nenhum dos médicos do Distrito 2 descobriram a causa até então. E Juliett passou a morar sozinha, apenas com a criada Myrcella, que era para ela como uma segunda mãe.

A falta que os pais reais fazia fê-la criar um muro em torno de si, e não deixava qualquer demonstração de afeto passar. Deixou os amigos para trás, deixou os conhecidos e parentes. Gostava de ficar sozinha, estudando sempre para ser a melhor.

Começou cedo seus treinamentos. Com sete anos já frequentava academias para aprender a lutar. Rapidamente tornou-se uma lutadora de primeira, com dotes invejáveis para os colegas de turma.

Com dez anos passou a fugir dos limites do Distrito para praticar na floresta que o circundava. Arranjava facas na cozinha, lutava com elas e caçava pequenos animais. O ato tornou-se um hábito, e ela passava mais tempo entre as árvores do que em casa. Myrcella sabia de tudo, mas não repreendia ou acusava-a de nada. Apenas irritava-se com as roupas sujas da garota.

Foi nesse tempo que conheceu Clint, um garoto que havia fugido do Distrito 7 e que fora parar naquelas bandas. Tinham a mesma idade — então, 11 —, embora ele fosse mais baixo de que ela e, num primeiro momento, raquítico por passar tanto tempo como nômade, apenas alimentando-se de animais na floresta e frutas. Ele foi o único que ela deixou se aproximar, tornou-se amiga de verdade, até um amor aflorar. Porque ele parecia com ela. Ele entendia a dor de perder os pais.

Ambos passaram a treinar juntos, ele morando na floresta, ela roubando comida e pertences para ele. Ajudava-o do jeito que podia, até Myrcella desconfiar e segui-la certa tarde. Ela viu tudo, o garoto com a filha portiça, os treinos, e até um beijo nervoso.

Aos 14 anos Juliett perdeu tudo. Descobriram o paradeiro do garoto. Mataram-no ali mesmo. Castigaram-na por mantê-lo ali, em segredo. Prenderam Myrcella por acobertar a menina. Ela perdeu a casa, perdeu tudo.

Mas não parou de treinar. Conseguiu uma casa pequena na parte mais pobre da cidade. Quando Myrcella foi solta, a garota a acolheu. Moraram juntas desde então.

Contudo, Juliett nunca mais foi a mesma.

FICHA MÉDICA

Tolerância a lactose leve.
Alergia a picada de abelhas.
TDAH.