PERSONALIDADE

Uma garota de humor que mistura fogo com gelo. Raven realmente não tem papas na língua, que é uma das coisas que despertam o seu lado imprudente, isso na hora de falar algo, pois este apenas piora quando ela quer colocar tudo isso em ações. Contém um gênio forte, jeito travesso (ou troll), dona de uma tenacidade quase inquebrável, e uma bipolaridade quase que fora do comum. É uma garota bem compreensível, amiga, companheira, fiel, porém não é muito amorosa e não se apega à alguém com tanta facilidade, e caso aconteça, ela simplesmente ignora e não deixa a mostra; ela esconde todo esse afeto dos outros e de si mesma, com medo de se decepcionar. Independente, no entanto ser apenas não é o suficiente, ela sente grande necessidade de exalar toda essa independência. Portadora oficial do poço de sarcasmo e ironia. Não tem medo de julgar, mas detesta ser julgada; também sabe muito bem guardar rancor. É uma pessoa muito divertida, sua alma realmente é jovial, gosta de rir, brincar e ir a festas.

HISTÓRIA

No solstício de inverno, exatamente no dia em que todos davam boas vindas ao período gélido, a menina nasceu. O dia friento e sem cor, que previam o interior daquela que era dada ao mundo naquele dia. Seus olhos, cinzentos quando criança, não deixavam passar que aquela ali, quando crescesse, ser tornaria um furacão, indominável. Seu nome? Ravenna, cujo significado era fria e calculista, sombrio, escuro... Tudo apontava de uma forma tão descarada a personalidade da mulher que até hoje ela se pergunta como pode todos a acharem indecifrável. Era tão simples, tão prático.

Desde pequena foi criada em volta de livros sobre medicina e pedagógicos, seu pai era médico e sua mãe professora, e pelo tanto de incetivo que recebia, sabia que eles queriam que ela seguisse um dos dois caminhos. Suas mãos agitadas e mente turbulenta já tirava toda a esperança da garota de seguir por tais caminhos, nunca pode negar que não nascera para educar, nem para cuidar de doentes. Gostava de desenhar, pintar, inventar, criar. Prédios, carros, sapatos, roupas, coisas mirabolantes. Tudo que a cabeça de uma criança poderia pensar.

Quando seu irmão mais velho, Isaac, completou os 20 anos e se rebelou contra a Capital, Ravenna ficou arrasada e prometeu a si mesmo que nunca faria tal banalidade como seu irmão, pois havia visto o quanto seus pais ficaram arrasados. Embora pensamentos de se revoltar contra a Capital nunca passasse pela sua cabeça, ela prometeu, nunca se sabe o futuro. Com apenas 9 anos na época, não entendia totalmente o sistema da Capital, apenas achava o governo um monstro por ter matado seu irmão só por demonstrar discordar do sistema. A medida que o tempo avançou, ela começou a entender, a ter suas próprias questionações sobre o meio que vivia. Não achava tudo tão ruim quanto seu irmão fazia parecer, ela gostava. Foi rodeada em meio a elite, com o pai médico, dificilmente não seria. Cheia de mimos e grandes chances para começar uma carreira. Ainda criança, trabalhou como modelo e assim ficou até a adolescência, quando começou a pensar no que realmente gostaria de trabalhar.

Ravenna sabia seu defeito fatal: pensar demais, pensar calculosamente, pensar e repensar, e no final se cansar de pensar e optar justamente pelo meio errado. Era assim que ela sempre perdia uma partida de xadrez. E ela temia que isso atrapalhasse sua escolha. Enquanto se preocupava com a profissão que seguiria e se desesperava achando que não tinha aptidão para serviço algum, ela se esquecia do que tanto gostava de fazer desde pequena. Sem falar que aquela pressão dos pais deixava a garota a flor da pele, e já que Louise (a irmã do meio) seguiu a carreira da mãe, seu pai queria que Ravenna seguisse a dele. 'Seja médica. Acho que lecionar seria uma boa para vocês. Já pensou em cirurgiã? Já que gosta de matemática poderia lecionar cálculo'... Ravenna estava ficando louca a cada dia. Ela não queria ser médica e muito menos professora. Para ela tais profissões eram tão... normais, monótonas. Ela queria uma vida agitada, cheia de eventos e brilho, como de uma modelo. Mas não necessariamente, ela não queria voltar para as sessões de fotos nem para a passarela.

Por fim, voltou sua formação para moda, começando uma carreira promissora de estilista. Seu maior sonho era ser aquela pessoa brilhante que desenhava os trajes dos tributos. Mesmo não curtindo os jogos em si, todos aqueles trajes a fascinavam.

FICHA MÉDICA

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade