Cornucópia - 1ª Fase

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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sex maio 29, 2015 8:48 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
134º Jogos Vorazes
Uma voz robótica soa pela Arena dizendo: "Sejam bem-vindos, Tributos. Em breve a contagem começará e daremos início à 134ª edição dos Jogos Vorazes. Ah! E que a sorte esteja sempre ao seu favor".

IMAGEM DA CORNUCÓPIA EM BREVE (Virá junta ao vídeo).

Os tubos são abertos e os Tributos contemplam pela primeira vez o lugar onde 23 destes irão morrer. Há uma cidade em ruínas ao redor do muro com grandes arcos onde estão. Nuvens de fumaça vindas de casas destruídas tampam o céu nublado. Um cheiro de queimado toma conta da Cornucópia deixando muitos Tributos incomodados. Ouve-se o som de aves gritando de algum lugar da montanha feita de restos de casas, muros, pedras, animais e cadáveres. Os Tributos estão ao redor de algo que se parece com uma torre de três bases formando um monumento triangular. Há várias armas brancas espalhadas perto da torre, as mochilas estão um pouco mais afastadas do centro da Cornucópia. A mochila mais próxima das plataformas está a 5 metros de distância, para que assim, os Tributos sejam obrigados a se arriscarem ao tentarem pegar algo. Uma grande arquibancada cerca a Cornucópia, revelando o lugar onde estavam: o Coliseu. Há duas formas de sair do local: pelas cinco entradas que localizam-se à direita do meio círculo e pelas outras cinco saídas, localizadas à esquerda. Atrás plataformas encontram-se apenas arquibancadas.

(...) Trinta... Vinte e nove... Vinte e oito... (...) BUM!

Tributos:

Cornucópia:

Arena:

Armas dentro da torre:

Armas fora da torre:

Armas nas arquibancadas:

Mochilas:

Saídas:


Regras do Post: Elabore um post narrando sua passada pela Cornucópia. Depois jogue três dados através do lançamento de dados. O primeiro dado decidirá se conseguirá pegar uma arma. O segundo dado será relacionado às mochilas e o terceiro pontos de combate, que decidem se suas ações deram certo (dado mais importante). Caso dois ou mais tributos tentem pegar uma mesma arma, haverá combate. No final a nota será: nota do post + ponto de combate/2. Especifique qual mochila ou arma vai pegar, por exemplo: "Tento pegar a Mochila Azul 2, ou a Mochila Azul 1", "Tento pegar a lança atrás da Cornucópia". Caso o Tributo queira, poderá correr da Cornucópia sem fazer nada. Carreiristas podem dominar a Cornucópia quando esta fase acabar, isso só ocorrerá se estes vencerem os outros Tributos; estes poderão pegar até duas armas e uma mochila (devido ao peso). Não podem permanecer na Cornucópia. CADA TRIBUTO SÓ PODE ATACAR UM! Carreiristas podem atacar até 2. Caso poucos Tributos ataquem, estes serão mortos de outras formas. ALIANÇAS: Carreiristas podem formar um bando de até quatro membros, sendo um Tributo de distrito comum. Tributos que não são carreiristas podem formar aliança com apenas um Tributo.

Ficha:

Não há número definido de Tributos que morrerão, QUEM NÃO POSTAR MORRE. Posts até Sexta (05/06).

PS: A estratégia de postar por último NÃO FUNCIONA!

May the odds be ever in your favor.

Créditos à JVBR
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Mensagem por Blanche Cirion Sáb maio 30, 2015 3:23 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
Blanche Cirion
Ficha:


A sala era escura e quase vazia apenas com um suporte onde estava um cabide com um casaco castanho-escuro, uma cadeira e uma mesa. No canto mais afastado estava o tubo que iria me levar a arena.
Engoli em seco ao caminhar até ao casaco a minha morte estava inevitavelmente chegado e eu não podia fugir. Minhas mãos termiam tanto que eu quase não consegui me vestir. Blanche se acalme…você não ganha nada em ficar nervosa desse jeito, mas pensar é mais fácil do que fazer então duas lágrimas solitárias nasceram nos meus olhos, beijara a minha bochecha e morreram nos meus lábios.

Droga, eu não posso chorar. Limpei as lagrimas com a manga do casaco tentando me acalmar mas não estava resultando, meu corpo tremia por demais quase não conseguia permanecer de pé. Tudo o que eu preciso é uma foice, só uma. Eu cresci mexendo com aquela arma se tivesse uma na cornucópia e eu conseguisse pegar, eu tinha uma pequena chance.
Meus pensamentos estavam com a minha família, eu prometi…prometi que tentava a voltar mas agora tinha quase certeza que não iria regressar viva, quer dizer eu não defini em que estado voltaria, portanto iria cumprir a promessa fosse qual fosse o resultado dos jogos.

Mas então meu pensamento se direcionou para os carreiristas, como eu iria ganhar uma luta contra alguém que tem três vezes o meu tamanho ou pode me matar apenas com as mãos. A sorte não estava a meu favor, nunca esteve senão eu teria nascido na capital e a esta altura estaria ansiosa para ver vinte e quatro brinquedinhos lutando até a morte.

-----Vinte segundos para o lançamento--------------
Fechei os punhos com tanta força que cravei as unhas nas palmas das mãos, levantei caminhando lentamente para o tubo. Como estaria Rong, eu pensei, estaria nervoso? Ansioso?

-----------Dez segundos para o lançamento--------------
Entrei no tubo que se fechou e lentamente começou a subir a morte esperava lá em cima.






A primeira coisa que senti ao emergir do tubo foi um cheiro nauseabundo que me deixou ligeiramente enjoada, era como se tivessem misturado as “frangâncias” de corpos em decomposição e carne carbonizada e o ambiente fosse polvorizado com isso. Nuvens de fumaça circundavam o ambiente.
A arena parecia uma cidade absolutamente arruinada até os velhos edifícios do meu distrito pareciam em melhor estado, corri os olhos pelos tributos até detetar Rong quase na ponta oposta. Acenei com a cabeça para ele desejando silenciosamente boa sorte para o meu aliado.

Voltei a minha atenção para a arena à minha frente procurando algo que me ajudasse a sobreviver, engoli em seco tentando afastar o medo e sobretudo ficar quieta, o aviso da minha mentora para não sair cedo demais da plataforma ecoava na minha mente. Avistei uma foice junto à entrada da torre que formava a cornucópia, mas foi uma sensação agridoce, fiquei alivada de ter encontrado a foice mas de jeito nenhum que eu iria pegá-la. Não ali, onde certamente os tributos iriam correr assim que o gongo ecoasse pela arena. Quantos menos eu encontrasse na minha fuga melhor.

Sejam bem-vindos, Tributos. Em breve a contagem começará e daremos início à 134ª edição dos Jogos Vorazes. Ah! E que a sorte esteja sempre ao seu favor"- anunciou uma voz.

Em seguida começou a contagem. Entrei em pânico mas fiquei quieta no meu lugar, minha respiração acelerada e o meu coração quase quebrando as minhas costelas. Olhei novamente para Rong, ele tinha o rosto franzido ou pelo menos parecia àquela distância.
Então o gongo soou. Eu corri, simplesmente corri sem saber por onde ir ou o que fazer, tudo o que eu queria era sair dali. Rapidamente o som de luta seguidos dos gemidos dos feridos e moribundos encheu o ar, aumentei a velocidade dos meus passos até que parei.

Procurei por Rong. Onde ele esta? Pelo amor de deus que ele esteja bem . Eu rezava para que ele não fosse um dos tributos agonizando até a morte.

Os meus pensamentos foram interrompidos por um movimento que atraiu a minha atenção, um vulto estava correndo perto de mim. Vou ser morta, eu não tenho uma arma. Mas o dono da sombra limitou-se a pegar uma mochila e fugir.
Foi então que eu vi a mochila cinze no chão e sem pensar duas vezes corri até ela, peguei-a fugindo dali para fora em direção ao que pareciam arquibancadas.

A distância até lá parecia quilômetros, decidi desistir e voltar para trás, mas uma foice solitária chamou a minha atenção, ela tinha que ser minha.
Lágrimas de felicidade escorrem pelo meu rosto quando peguei a foice, agora eu tinha uma pequena chance de sobreviver a uma luta, podia ajudar Rong se necessário, comecei a rir como uma louca enquanto lá em baixo a luta continuava.

Rong….que raio de aliada sou eu? Eu o deixei sozinho na cornucópia em vez de ajudá-lo ,a essa hora ele podia muito bem ter morrido. Droga, era para ser juntos. Lágrimas de culpa queimavam os meus olhos então eu comecei a correr de volta ao local das lutas, esperando que ele estivesse bem.

Foi então que algo esbarrou contra mim e ambos rolamos pelo pavimento. Era o garoto do cinco armado com uma lança. Talvez ele tal como estivesse fugindo da confusão lá em baixo e na fuga esbarrou em mim ou eu nele não importa.
A expressão do rosto dele era feroz, indicando que nenhum de nós iria sair dali sem lutar. Não havia outra opção era matar ou morrer.

Corri para ele com a foice erguida em posição de ataque e tentei cortar um braço do garoto mas ele bloqueou o ataque e contra atacou em direção ao meu abdómen, girei a foice a tempo bloqueando o ataque com o cabo.
Ele partiu novamente para cima de mim com a ponta da lança apontada ao meu peito, desviei do ataque e contra ataquei tentando passar uma rasteira nele mas ele se desviou, acertando com o cabo da sua arma no meu rosto. Caí no chão atordoada pelo ataque, pisquei os olhos a tempo de ver algo afiado na direção do meu peito, apenas tive tempo de levantar a foice escutando o som de aço contra aço.

Eu não posso morrer, o Rong conta comigo. Chutei as partes íntimas do garoto que largou a arma e urrou de dor ao agarrar a zona sensível machucada. Entao vi a minha oportunidade, levantei num ápice e rodei a cintura dele, jogando-o no chao. Sentei na sua barriga e comecei a socá-lo no rosto com a mão livre, ele puxou e arrancou alguns dos meus cabelos mas eu ignorei a dor, a adrenalina é o melhor analgésico no mundo.

Com o cabo da foice quebrei o nariz dele sentido o sangue pegajoso grudar no meu rosto, em seguida bati e bati novamente, escutei o som dos dentes e dos maxilares sendo triturados pela minha foice, acidentalmente cortei o rosto do rapaz. Ele deveria estar inconsciente ou morto mas eu não parei, continuei esquartejando e batendo nele até que o moço se transformou num monte de carne amassada e cortada, misturada com ossos triturados.

Então parei e comecei a chorar. O que foi que eu fiz? Meu rosto, minhas mãos, minhas roupas cobertas de sangue. Levantei correndo para a cornucópia ao encontro de Rong, se ele estivesse lá.
-RONG – comecei a gritar desesperada- RONG!RONG! CADÊ VOCÊ.
Caí de joelhos tremendo descontroladamente, o pior da adrenalina é que ela não dura para sempre.
Um vulto estava correndo na minha direção, imediatamente o instinto de sobrevivência emergiu, levantei com a foice pronta a atacar.
Mas era o meu aliado, milagrosamente ambos ainda estavamos vivos. Corri para ele e o abracei aliviada. Mas o perigo ainda não passara. Sem trocarmos uma palavra começamos a caminhar na direção de um monte de entulhos.

Legenda: Blanche |Pensamentos


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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sáb maio 30, 2015 3:23 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
O membro 'Blanche Cirion' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'D10' : 2

--------------------------------

#2 'D10' : 5

--------------------------------

#3 'D10' : 2
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Mensagem por Sebastian Hodgson Sáb maio 30, 2015 6:12 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100

"I just wanna be by your side
If these wings could fly"

Ficha:

A morte era certa, sobreviver improvável. Minha única chance era tentar me manter vivo enquanto os outros se matavam, mas talvez isso não fosse a melhor solução. Sabia que todos eram fortes e tinham bom senso de batalha. Soltei um suspiro entrando dentro de um tubo transparente, meu coração estava acelerado e eu tentava controlar o medo que sentia. Meus punhos estavam fechados e eu me mantive calado por um grande período de tempo. Quando menos esperei, aquilo começava a se mover para cima, ele subia lentamente e eu me sentia com um mal estar notável. Desviei o olhar enquanto pensava no que fazer. - Eu não posso decepcionar meus pais, não posso. - Falei num tom de voz baixo enquanto limpava algumas gotículas de lágrimas que escorriam pelo me rosto. O tubo finalmente chegava na cornucópia e nesse mesmo instante eu já não sentia minha respiração normal, sabia que poderia morrer logo que desse um passo a frente. Analisei ao meu redor e avistei vários outros tributos, eles agora eram meus inimigos e eu não podia confiar em ninguém, todos queriam sair vivo dali. Meu corpo estava tremendo a medida que os segundos começavam a passar, a hora da chacina estava perto. - Por favor, ninguém me ataque, por favor. - Pronunciei quase sem som, olhando para baixo com os punhos fechados. As nuvens eram cinzentas e um cheiro insuportável de fumaça transbordava por toda parte, tentei me manter sem nenhuma reação ao perceber alguns dos tributos preparados para que o jogo começasse. Dei um passo para trás e olhei a minha volta e então percebi que não tinha mais volta. - Dois, um... - Escutei sentindo falta de ar e me desequilibrando da plataforma em que estava em cima. O jogo finalmente havia se iniciado e eu era um dos mais fracos naquele ambiente, não tinha formado estrategias, era apenas mais um dentro daquela arena.

O movimento dentro do suposto coliseu aumentava, todos os jovens corriam em busca de conseguir pegar a coisa mais próxima. Os carreiristas eram os mais poderosos e tinham uma notável força física nos grandes braços e pernas grossas. Arrisquei sair de onde estava com alguns passos lerdos, mas percebi que todos estavam desesperados para sobreviverem. Franzi o cenho enquanto aumentava a velocidade de meus passos, consegui correr em direção da coisa que eu achasse mais próxima de mim, esta que era uma mochila azul, ela parecia não chamar tanta atenção, mas pegar ela ou não era improvável. Caso alguém tentasse pegar a mesma que eu, simplesmente soltaria e não lutaria para conseguir, apenas fugiria e tentaria sobreviver de algum modo. Da mesma forma que fiz com a mochila, tentei alcançar uma besta que se encontrava dentro da torre, mas não arriscaria combater com ninguém caso alguém tentasse pegar aquela arma. Meu coração palpitava acelerado no meu peito e eu não sentia meu corpo normalmente, estava com medo e sem noção do que fazer para continuar. Acelerei meus passos após ter ou não pegado os objetos que arrisquei ficar comigo. A mochila estaria nas minhas costas e a besta em mãos para tentar me proteger de algo. Percorri vários metros dentro do coliseu até conseguir chegar a uma saída, esta que ficava a esquerda, tentei analisar rapidamente se era seguro ou não, mas mesmo assim tentei.

O caminho estava sendo cumprido e as ruas eram de grandes extensões e extremamente vazias, suas casas ao redor estavam destruídas e era preocupante continuar por ali. Arrisquei passos ligeiros para sobreviver por aquela região.


~ ; Thanks Maay From TPO.
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sáb maio 30, 2015 6:12 pm

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'D10' : 7, 4, 1
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Mensagem por Dharos McKlaus Sáb maio 30, 2015 10:25 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
Ficha:




Kill or Run


Run away, run away, I'll attack
Run away, run away, go chase yourself.
De olhos fechados adentrei ao cilindro transparente, fui guiado até lá por um pacificador.

Naquela manhã acordei com uma intuição estranha, tudo parecia estar diferente. Topaz não estava mais em seu quarto e eu não pude se quer me despedir dela e lhe desejar boa sorte, fomos conduzidos rapidamente para o transporte que nos levaria até a arena, os chips foram introduzidos e assim só naquele momento pude olhar uma última vez para minha namorada e apenas lhe dizer sem emitir som: Eu te amo.
Dali tudo seria diferente, todos naquele mesmo transporte seriam inimigos, até mesmo quem mais conhecemos e amamos, encostei minha cabeça no descanso e fechei os olhos voltando a acordar de onde eu havia parado.

Faltavam apenas dez segundo para o lançamento, permaneci de olhos fechados pensando em tudo que passei para chegar ali. Chuva, fome, raiva, sangue, ódio, amor, saudade, frio, calor, sim, não, mais rápido, mais forte e um tapa na cara da realidade. A mistura de emoções e sentimentos resultaram em um apagão súbito de tudo que passei me fazendo abrir os olhos e mostrando as órbes azuis sem nenhum tipo de remorso, não mais, era tudo ou nada e eu já estava sendo emergido pela cápsula no qual me levou até o campo diferente. O Coliseu era a cornucópia e escombros são banhados por fumaças de algo recém desmoronados, o céu estava nublado e o cheio de morte já pairava no ambiente. Olhei para os demais tributos próximos de mim já montando uma estratégia de combate. Havia uma representando do doze ao meu lado esquerdo e uma do dois, carreirista, sabia que poderia não ser algo tão certo agora, então seria a do doze.

Sentia meu coração pulsar, ainda não tinha visto Topaz e não poderia colocá-la mais em minha mente, não agora, já estava preparado para tudo que fosse acontecer e era agora ou nunca. Deixei a contagem terminar e ao som da explosão dei um salto em direção a torre correndo o mais rápido que pude, os que fossem espertos iriam pegar as armas para se defenderem e foi exatamente o que pretendi fazer. Adentrei a torre indo em direção a arma que eu mais tinha habilidade, a lança, caso conseguindo obter a posse da arma iria voltar para fora da torre em busca da cornucópia que estava com as bolsas com apetrechos dentro dela, fui na direção da bolsa preta de número um, nesse meio tempo lá estava a menina do doze, pude notar sua forma meio perdida ainda em busca de algo e aproveitei, girei meu corpo para obter uma escapatória de algum ataque que fosse vir e com a ponta da lança procurei encravar bem no meio de seu corpo a ponta da lâmina cortante, caso conseguindo eu iria retira-la de imediato causando um estrago maior interno e pegar a bolsa preta com o número um, no meio daquela descontrolada batalha busquei por desviar dos ataques com meus movimentos rápidos e correr podendo ver de susto minha Topaz com os cabelos cortados, continuei a correr e gritei para que ela pudesse me ouvir e ver.
- TOPAZ! ENTRADA SETE!
Corri na direção da entrada sete que me levaria para uma das três partes da arena, me dando conta de que ao passar pela entrada saia em um local um pouco ingrime e cheio de casa destruídas, um enorme arranha céu estava ao meio cujo seu topo era impossível de visualizar graças as nuvens densas e acinzentadas que rondavam seu topo, continuei a correr até me escorar em uma parede que poderia me servir de escudo caso alguém tentasse atacar por trás, o jogo havia começado e a sorte estava lançada.  




#Post -01 #Tagged -Topazl #Sound -The Phoenix
(c)
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sáb maio 30, 2015 10:25 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
O membro 'Dharos McKlaus' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'D10' : 6

--------------------------------

#2 'D10' : 3

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#3 'D10' : 2
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Mensagem por Savannah M. White Qua Jun 03, 2015 5:39 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
ficha:








it's not about the money


E
stava preparada para o que veria acontecer... Estava preparada para o que veria me acontecer dentro daquele Jogos... O que eu faria? Nem eu mesma sabia... Andava de um lado para o outro enquanto esperava dar a hora para começar tudo. Infelizmente, havia chegado o momento de entrarem no tubos e a matança começar... Porque pra eles era tão divertido algo assim? Eu não entendia, juro que não conseguia entender... Finalmente o tubo abriu e eu pude ver os 23 participantes que competiam comigo além de Peppeu, que eu não sabia o que se passava em sua cabeça e porque ele demorava tanto? Eu estava impaciente e estava preocupada com o que iria acontecer por ali. A Contagem começou e eu rezava para tudo dar certo naquele dia... Naquele Jogos... O que tinha acontecido naquele lugar? Que casas eram aquelas afinal? Eu estava ficando irritada com esse cheiro de queimado, tentei não prestar atenção nisso e comecei a olhar para frente esperando para poder pegar o que precisava e enfim, poder sair dali sem tentar correr nenhum risco. O Momento chegou! Comecei a correr em direção onde estava a arma escolhida e peguei o estojo de facas, porque tinha alguém se aproximando? Abri rapidamente o estojo e uma faca qualquer arremessei na direção do garoto, acho que era do Distrito 8 ou 9. Não tinha ideia, não sabia se tinha acertado ou não, só sai correndo em direção a uma mochila, acho que era azul com um número na frente ou algo assim, acho que era 1, o numéro, não tinha ideia.  Ela seria importante pra mim em algum momento né? Eu tinha perdido Peppeu de vista mas não podia fazer nada, suspirei e continuei a correr em direção a saída 8, onde eu ficava preocupada com o que me aguardava.
We don't need your money, money, money We just wanna make the world dance Forget about the price tag Ain't about the (ha) ch-ching ch-ing Aint about the (yeah) ba-bling ba-bling Wanna make the world dance forget about the price tag

Savannah M. White
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Qua Jun 03, 2015 5:39 pm

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#2 'D10' : 2

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Mensagem por Caliel Kowalski Qui Jun 04, 2015 3:07 am

Cornucópia - 1ª Fase 100
ARENA


FICHA:

Após o recebimento de minha nota, o tempo passou muito rápido. Em uma piscada eu já estava sob o chão da arena, prestes a entrar no tubo que claramente levar-me-ia para a morte, não estava com medo ou nervosismo, por mais que estas seriam as reações mais coerentes ao momento. Eu estava mais para "agoniado", eu estava preso nos últimos momentos na capital. Modificar minha rotina tantas vezes em poucos dias me deixava enjoado e sem reflexões corretas para respostas ou ações.  

À dias atrás eu estava em meu Distrito, caçando e matando seres vivos para meu jantar, logo passei para o luxo da capital e a bajulação de admiradores e agora eu estava prestes a voltar para o modo sobrevivência, onde teria de matar ou ser morto por pessoas que se assemelhavam aos irracionais animais que caçava em meu distrito e faria isso vestindo o que parecia ser um conjunto de poliéster e algodão para corridas matinais de cores nada de meu gosto. Os malditos preto e vermelho.

- Não pule da plataforma antes do tempo se não... Bumm! - Disse Spencer enquanto gesticulava com uma eclosão entre seus dedos. - Bom, o resto você descobrirá... só sobreviva.

Ele jamais fora tão compreensivo comigo, ele se tornará um mentor tão prestativo, talvez fosse pelo resultado transmitido ontem; Minha nota o alegrará e o fizera ser orgulhoso? Que atencioso e amável. Não estaria mentindo se dissesse que estava morrendo de vontade de socá-lo naquele momento, não só por ser tão "interesseiro", mas por deixar Ögda sozinha em um momento tão tênue no restante de nossas vidas. "Pobre garota, deve estar assustada", pensei sem racionar que não a conhecia por completo, mas mesmo assim, a pena pela garota era inevitável.

O momento repreensivo de meus pensamentos foram interrompidos com a voz robótica vinda dos altos falantes ao canto esquerdo da sala. Era o Presidente, anunciando os últimos minutos antes do início do massacre:

"Sejam bem-vindos, Tributos. Em breve a contagem começará e daremos início à 134ª edição dos Jogos Vorazes. Ah! E que a sorte esteja sempre ao seu favor".  

No exato momento do término de suas palavras, os tubos de inserção se abriram em um som de expiração gasosa dentre engrenagens velhas.
Despedi-me friamente de Spencer com um "adeus" e adentrei o tubo, respirando fundo e acalmando os nervos que começavam a pulsar ligeiramente descontrolados.
Um breque leve repulsou meu corpo em um calafrio entre vértebras e pelos eriçados. O som dos cabos repuxando o tubo para cima reviveram meu coração calmo, fazendo-o quase saltar de meu peito. Até que fui descoberto da luz artificial das poucas lâmpadas do tubo e envolto pelo forte fulgor da arena em ar aberto.

Uma vertigem percorreu minhas pupilas e minhas narinas inalaram uma jactância de algo tostado, pude distinguir sua origem assim que minha visão se normalizou;

Uma cidade em ruínas, coberta por cadáveres animalescos e humanos. Este seria o ambiente do tão esperado massacre.

De fronte a mim, uma torre triangular de cor negra se postava em um solo arenoso e seco. A construção arquitetônica era preenchida e envolta por longas fileiras de armas de diversos portes. Meus olhos encontram lanças, facas, facões e machados de diversas dimensões  e um tanto mais afastado da torre - e mais próximas a mim - uma dezena de mochilas se espalhavam em uma linha horizontal perante a todos os tributos.

Os tributos, todos lado a lado sobre suas plataformas, alguns mais assustados que outros. Todos convulsionando seus olhos à procura de suas armas prediletas ou saídas do local. Por um momento a face de Ögda pode ser vista na outra extremidade da formação donde eu estava. À minha direita apenas três tributos se postavam, fazendo de mim um alvo não muito central. Varri a área mais uma vez a procura de meu tão apreciado arco, mas não o encontrei, bom, até o momento em que girei meu corpo e o encontrei no que parecia ser uma arquibancada para shows como em um antigo estádio de futebol.


28... 27...




Por um segundo imaginei espectadores sentados ali, gritando por desejo de sangue, mas era algo inacreditavelmente impossível. Dentre algumas armas espalhadas pelos assentos/degraus da arquibancada eu encontrei um arco perfeitamente recurvado em uma cor metálica prateada, junto a uma aljava com algumas flechas da mesma cor.

Contive um sorriso em minha face no momento em que o vi - pois era impossível sorrir naquele momento - A arma aguardava o encontro de minhas mãos. Se possível eu o alcançaria com sucesso.

20...19...  




Posicionei-me novamente de frente para a torre, fitando uma das mochilas, a mais próxima à mim, obviamente.
 
Duvidava que eu a alcançaria sem ao menos levar uma pancada, em meio aquela correria emocionante. Em ambos os meus lados encontravam-se duas dos tributos com mais futuro neste confronto. Topaz e Styga, ambas as garotas chocaram a capital com sua sensatez e drama forçado, mas contando que ambas tinham habilidades tão avançadas que tornavam cada um de seus dedos fatais para qualquer um dos outros tributos indefesos. As garotas estavam duas plataforma de distância da minha, eu tinha uma chance, se corresse o mais rápido que pudesse.

A mochila estava à oito metros de distância de minha plataforma em uma linha perfeitamente reta e, de acordo com a triangulação mental, misturada à cálculos improváveis que fiz, um confronto poderia ser armado se uma delas ou qualquer outro tributo tentasse correr em direção à mesma mochila que eu. Era um segundo de diferença entre o êxito para adquirir a mochila e a morte rápida por mãos mortais.

10...9...  



Dez segundos para o início do fim.
Minha respiração ofegou mais uma vez, minha mente vasculhava imagens semelhantes ao ambiente da arena em uma de minhas memórias.

5...4...  



O Coliseu, era este o local! Senti uma clareza em minha cabeça no mesmo segundo. A Roma antiga, o império épico, as mortes e o caos, era o tema daquele ano. Nada mais irônico para uma edição de jogos.  
Os jogos agora eram uma verdadeira guerra.

2...1...  




O som agoniante de um tiro ressoou dentre os escombros da Roma Antiga. A debandada banhada em  prática de agilidade tomou conta do cenário batizado de adrenalina e suor. Tributos apressados avançaram em direção aos seus objetivos para obter a sua sobrevivência. Os pugilatos e rixas agora tomavam conta das relações dentre diferentes Distritos. Litros de sangue tingiram a areia seca do chão em um vermelho saturado.
E eu, mantinha a corrida e a atenção voltadas para a bendita mochila de tom VERMELHA. No momento de minha aproximação do objeto desejado, mantive a corrida, agarrando-o pela alça fina e avançando despropositadamente alguns metros após o ponto de meu objetivo.  Assim que alcançasse meu objetivo levantaria e correria para longe dela e para próximo de meu arco.

Tentei o êxito.

Girei meu corpo em sentido horário em um angulo de perfeitos noventa graus para correr para a arquibancada.  Em ambos os meus lados, tributos desconhecidos corriam para frente, um deles ignorou minha presença e o outro tentou partir para cima.
O garoto moreno denominado Rong tentou um soco em meu rosto utilizando de seu membro direito, mas agachei-me rapidamente para desviar do ataque. Inclinei meu corpo para o lado esquerdo, livrando-me do confronto direto e continuando a corrida para a arquibancada.

Passei por minha plataforma. Corri mais dez metros até chegar a um muro de pedras parcialmente destruído, saltei com êxito sobre os escombros e segui para os degraus que antigamente serviam como assentos - mesmo aquilo sendo uma reconstrução, ou não - subindo-os ligeiramente.
Faltavam alguns metros até o arco. Ao meu lado direito alguém surgia entre os degraus, em busca da arma que distingui como uma cimitarra. Acelerei meu processo focando na adrenalina do momento, controlando a respiração e fitando o desejado arco, que consistia em minha outra maldita parte para sobreviver naquele lugar.

Meu pulmão se encheu de ar limpo, - devido á breve elevação onde me encontrava - revigorando minhas expectativas e esperanças. Assim que agarrei a base metálica do arco, pendurei sobre meu ombro esquerdo a aljava e catei uma das flechas.

Preparei a flecha na base do arco, puxando o cordão tensionado para proteger-me de quaisquer tributos insanos.  
Voltei minha visão uma última vez para averiguar as fugas e confrontos no pátio da matança. Distingui alguns corpos recém mutilados, mas nenhum deles se assemelhava à Ögda ou à minha aliada. Desejava que a sorte estivesse com ambas as garotas. Aqueles segundos pareciam anos.

Um som de passos retumbou em meu ouvido esquerdo, ergui o arco bruscamente, procurando um provável alvo.
Meus olhos somente encontraram um vulto alaranjado, era uma garota. Era minha aliada, por sorte ela estava viva e conservada, segurando seu resultado da busca de sua própria sobrevivência. Duvidava que ela tenha atacado alguém, não por ter se contido, não mesmo, mas por falta de resíduos de sangue em suas roupas.

Um breve breu reluziu em minha mente, flashes de minha memória no momento em que formamos nossa aliança e montamos nossas estratégias.
Ela lançou-me um olhar meio confuso, como se questiona-se nossa aliança: "Você vai me trair?", mas baixei o arco, mostrando que aquilo havia sido somente um movimento intuitivo e instintivo. Em seguida a garota virou as costas para mim, correndo em direção às saídas da direita das plataformas. Tive de segui-la, pois era o que tínhamos combinado secretamente, antes de tudo começar.

Descemos os degraus, em uma diagonal levemente curvada. Mantendo-nos atentos aos movimentos de quaisquer tributos. Descemos o último degrau e minha aliada já atravessava o muro de escombros. Mantive-me erguido no muro, correndo sobre o mesmo até seu limite próximo as saídas.  

Eu estava logo atrás de Octavia, observando suas habilidades de combate enquanto ela abria caminho entre tributos em fuga.
Os cantos de meus olhos encontraram uma possível ameaça para Octavia. Apostava que o pequeno garoto não era muito fã de minha aliada, pois ele estava pálido de ódio e carregava em suas mãos uma pequena lâmina - Uma faca - já estava pronto para cravá-la nas costas de Octavia com um simples lançar de suas mãos.

Ergui meu arco e puxei o abençoado cordão, enquanto diminuía minha velocidade na corrida sobre o muro. Acho que em meio aqueles gritos e ruídos de metal contra metal, o inimigo de minha aliada pôde escutar o ruído de meu cordão se tencionando em seu máximo, pois ele parou bruscamente sua corrida e olhou diretamente para mim. Ele então buscou a mira para lançar seu armamento em meu inerte corpo, porém eu estava mais adiantado neste quesito do que ele.

A minha mira estava fixa, minha respiração estava calma, como se aquela fosse mais uma de minhas caçadas. Minha mão soltou o cordão, que escorregou entre minhas ligas dos dedos e a base de metal do arco, impulsionando a haste pontiaguda - a minha flecha. O objeto que decidiria a vida daquele desgostoso oponente, decolou e voou no ar, dançando em um rebolado encantador e barulhento. Pude escutar o som das finas lâminas de sua ponta cortando o ar em seu trajeto, até atingir o garoto em algum ponto de seu tórax. Deixando sua expressão assustada, petrificada em seu rosto.

O oponente logo desceu ao chão com um último suspiro, soltando sua faca e libertando-me de um confronto mais longo, deixando meu caminho aberto. Desci do muro em pedaços, logo avistando que uma das saídas havia sido limpa por Octavia que já aguardava minha chegada ao lado de fora do Coliseu.

Os sons atrás de mim haviam cessado, o que provavelmente significava que somente os carreiristas estariam ali e que massacrariam qualquer um que permanecesse em seu território.  

Avancei em direção à Octavia, ela logo adiantou-se, correndo a frente para um destino indefinido.  
Nosso caminho agora era decidido pela sorte.  

Corremos, não para se safar da morte eminente, mas para viver o suficiente para ver os outros caírem no solo de guerra.
E meu primeiro oponente foi meu alvo para descontar a agonia daquele momento.

Adendos:



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Mensagem por Brahms Hool McKnight Qui Jun 04, 2015 3:07 am

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Mensagem por Rong Ruth Qui Jun 04, 2015 8:42 am

Cornucópia - 1ª Fase 100
Ficha:

Caso outra pessoa o visse, diria que ele estava despreocupado, mas Rong, analisando o seu próprio reflexo aparentemente entediado na superfície do tubo, corrigia, dizendo: Não, senhor. Eu estou perdido. Tentava se forçar a pensar em alguma estratégia, em alguma postura para adotar, mas não conseguia. Por conseguinte, tentava pensar em Blanche, forçando-se a pensar em algo. No fim, acabava aflito por eles dois.

Será que ela está pensando em algo? Seu estilista não o acompanhara até ali e não serviria de nada se tivesse vindo consigo, mas a presença de mais alguém que não fosse o pacificador roboticamente silencioso seria bem-vinda. Suspirou, impaciente. Ao menos, se fosse à batalha despreparado, que fosse logo! Mas não, longos minutos se foram antes que a voz feminina metálica o alertasse que faltam vinte segundos para a subida dos tubos.

Um barulho gasoso precedeu a abertura do tubo. Ao entrar, a porta fechou-se de imediato, deslizando por detrás de si. O pacificador continuou onde estava. Por um instante, cogitou se o soldado estaria dormindo. Ergueu a mão direita, fechada, esperando algum movimento. Nada. De forma singela, cutucou a porta do tubo, da mesma forma que faria numa porta, antes de entrar num cômodo. Toc toc. A cabeça do sujeito moveu-se um pouco, repentinamente, como se o tivesse acordado.

Ali, parado, não soube o que fazer, porém. Sentiu-se estúpido por não ter pensado nisso e desamparado, fez a última coisa que se recomenda fazer para um pacificador. Rong acenou. Sim, sim, ele moveu a mão aberta de um lado para o outro, lentamente, como faria para uma criança desatenta. Mais surpreendente do que isso, só o pacificador. O homem de branco também acenou. Da mesma forma desacordada, sem fazer nada mais do que isso. A contagem regressiva acabou e enquanto o elevador subia, Rong ficou encarando aquele homem, incrédulo.

Sua incredulidade ainda estava estampada em sua face quando sua plataforma se erguera. O cheiro foi a primeira coisa que o despertou: algo está queimando. Soube logo, lembrado do cheiro ácido que vinha das grandes queimadas conduzidas nas florestas do 11, a fim de liberar mais terreno para as plantações. Apesar de reconhecer o cheiro da carbonização, algo mais vinha junto, o cheiro de carne, curiosamente. Olhando ao redor, foi a vez da sua visão de reagir: a construção que os rodeava era... Diferente. Teria a definido com a cor amarelo, se lhe fosse perguntado. Grandes tijolos compunham o muro ao redor deles, e por detrás desse, ruas arenosas vazias desenhavam caminhos por casas igualmente vazias. Noutro lado, montanhas de lixo soltavam colunas de fumaça, criando uma camada cinzenta por debaixo de um céu já cinzento.

- Sejam bem-vindos, Tributos. Em breve a contagem começará e daremos início à 134ª edição dos Jogos Vorazes. Ah! E que a sorte esteja sempre ao seu favor - Foi anunciado, avisando à sua audição o local e a situação em que estava, embora sua visão ainda estivesse registrando os inúmeros detalhes do local. A contagem começara.

Rong achou Blanche, bem no momento em que ela o achara, pelo visto. Ela parecia atônita, e com direito. Por um breve e estúpido momento, um lado seu sentiu-se melhor por não ser o único despreparado. Mas não a prejudicaria, não mais. Da forma mais terna que o momento permitiu, Rong Ruth sorriu para ela, tal como um pai faria para aquietar um filho assustado.

Seus olhos mudaram de acolhedores para ferozes num instante, à procura de uma arma. De uma arma não, da sua arma. Entre eles e o muro havia uma arquibancada, do tipo que os capitalistas sentariam para assisti-los se matar ali na Cornucópia mesmo. Nela, algumas armas tinham sido dispostas, e entre os tributos e o centro do círculo, também tinham armas. E mochilas. Mochilas. Registrou, tido se esquecido delas. Por último, procurou por uma saída. Aberturas cavavam corredores por debaixo da arquibancada, provavelmente criando caminhos para os tributos que saíssem dali. Os que sobrevivessem.

Uma variedade de informações para recolher, sim, mas a última coisa que chamou a sua atenção foi a foice. Ela estava de pé e a sua lâmina tinha sido enterrada em algum tipo de bainha de borracha, mas o seu reluzir era inevitável, embora não soubesse dizer qual luz ela refletia. Sua inspiração foi sonora quando ele segurou para não caminhar. Se você se mover, explode. Lembrou-se, a sua perna tremendo nervosamente. Blanche pega a da arquibancada. Você pega a do meio. Mochilas na saída. Um pensamento de três simples fases, mas suficiente para tira-lo dali. Depois de tanto se rebater, foi fácil elaborar algo. Adrenalina é um belo estimulante... Sim.

Ao fim da contagem, uma explosão de um segundo disse a todos que a loucura poderia começar. Sua perna, que já ansiava por movimento, o lançou para frente com tanta força que os primeiros passos de sua corrida foram abobalhados. Estava ciente de que não era o único que corria, mas de forma alguma que pararra para observar os demais. Até que tivesse a foice em mãos, os outros seriam a sua morte, mas somente até lá. Depois disso, talvez ainda fossem, mas poderia encara-los de frente. A morte usa uma foice. Pensou com otimismo sombrio. Ser otimista ali significava que você mataria alguém.

O rapaz do 12 (pensava que fosse do 12) pegou uma mochila e fintou para o lado, mudando de ângulo com assustadora rapidez. Rong lembraria disso. Teriam se barrado, mas ele foi rápido em desviar. Pensou em parar, temendo que ele visasse pega-lo por trás, mas o que faria se fosse o caso, de fato? Rong continuou correndo, tentando ser ainda mais rápido. Se você parar, você morre.

Pela boca, inspirou longamente quando sua mão estendeu-se para a arma. Ao primeiro contato, o mundo pareceu parar, como se para testemunhar o nascimento de um novo Rong. Com um puxão, ele rodopiou a arma pelos dedos, habilmente. Ao fim do giro, puxou-a para si com as duas mãos. Era hora de olhar ao redor, pois ninguém o pararia agora. Mas Rong não buscou por inimigos. Não procurava por carne para testar a sua nova arma, ele procurava por Blanche.

[1]

Foi acha-la não tão longe de si, felizmente. Ela parecia ter acabado de cair, estando meio agachada. E a branca tinha uma foice consigo[2] Correu até ele, seus passos demarcados pelo medo de que a qualquer momento alguém viesse a seu encontro para matá-lo, a foice indo para frente e para trás, pronta para ser usada caso alguém ousasse algo contra si. Blanche virou-se para ele pouco antes que chegasse e surpreendeu-se ao ver que foi ela quem o atacou.

As foices se bateram com um tilintar metálico, seus olhos desentendidos fizeram contato com os olhos aterrorizados dela. Oh, Blanche, o que houve? Pensou, a tristeza assumindo o seu olhar, os dois baixando as armas com uma calma desolada. Ela claramente tinha acabado de sair de uma batalha[3]. Não se preocupe. Nós vamos ficar bem. Pensou, querendo poder fazer mais do que só mentalizar aquilo. Mesmo em meio ao caos, ela o abraçou. Seu abraço era apertado e verdadeiro, e por mais que devesse abraçá-la de volta, não conseguiu pôr os braços ao seu redor sem manter vigilância do que acontecia ao redor. Um carreirista não veria um momento de fraternidade ali, mas sim uma oportunidade de empalar duas pessoas com uma só lança.

Seu olhar era de compreensão, mas talvez um pouco desse entendimento estivesse em sua face, pois com um aceno, Blanche começou a guia-lo para fora dali. Correndo, os dois saíram por um dos corredores, em direção aos destroços que se amontoavam, cada um dos montes com uma coluna de fumaça própria. O som que deixaram para trás [4] era de gritos, choques, e sangue esparramando-se, mas acima disso tudo, em alto e bom som, por toda a Arena, ouvia-se uma coisa só: um crepitar.

Rong Ruth não queria nem imaginar o que estava queimando.

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Mensagem por Brahms Hool McKnight Qui Jun 04, 2015 8:42 am

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Mensagem por Topaz Ross Qui Jun 04, 2015 10:43 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
KILLER MODE: ON
Let the games begin!

FICHA:

- Você realmente não tem pudores, não é mesmo? - diz Gloom enquanto desliza os dedos pelos meus agora curtos cabelos. A sua feição está mais amigável do que nunca, algo que me trás um mínimo de calma nesta hora de tensão. - Foi com você que aprendi que não se deve poupar recursos para chamar a atenção. - digo com um sorriso e ela então sorri de volta. A mulher de cabeleira ruiva e aparência deslumbrante me encara por um instante e então retira de seu seu elaborado coque um longo grampo de cabelo e logo encaixa o pequeno prendedor nas minhas curtas madeixas, prendendo um grande mecha atrás da minha orelha. - Você realmente não vai querer que seu cabelo te cegue em uma hora crucial. - diz ela enquanto me analisa a finco. Antes que eu possa agradecer, minha mentora irrompe - Fico feliz que se espelhe em meus ensinamentos. Mas nem por um minuto pense em me imitar na arena... - ela para por um instante me fitando de forma intensa - Na época, ser a "cortadora de cabeças" funcionou para mim, mas a Capital já está farta de apenas "um pouco do mesmo"... - ouço atentamente suas palavras, tentando absorver cada pequena informação - Você tem potencial, Topaz. Use-o para brilhar ao seu próprio modo! - Gloom exalta uma vez mais acariciando meus cabelos. Concento com a cabeça e antes que eu possa dizer alguma coisa uma voz robótica ecoa pela pequena sala - Está na hora, meu bem. - diz a ruiva e só então a ficha começa a cair e sinto resíduos de incerteza e temor infectarem todo o meu sistema. Suspiro profundamente, mas logo miro os olhos  de oceano de Gloom e neles encontro forças para afastar tudo que ameace me desestabilizar - Hora de começar a matança. - digo tentando convencer a mim mesma de que estou pronta para entrar no tubo elevador e encarar o que quer que me espere na superfície. No final das contas é isso mesmo. Ainda que eu nunca tivesse planejado ir de fato para a arena, eu treinei minha vida inteira como todo carreirista do meu distrito e tenho certeza absoluta que não sou em nenhum aspecto menos apta que qualquer um deles. Dharos estará lá em cima comigo, mas já posso falar para mim mesmo que não me importo e saber que não estou me iludindo. Respiro profundamente uma vez mais, agora expelindo para longe qualquer motivo de hesitação. Caminho até o tubo e sorriu para Gloom - Que comece o show! - digo, ainda que no fundo tremendo nas bases, e Gloom me lança um piscadela antes do tudo se fechar e começar a se elevar.

Por segundos que levam eternidades para se passar, sinto meu coração palpitar de forma intensa enquanto me vejo enclausurada neste cilindro de vidro que se torna totalmente escuro enquanto cruza lentamente algumas camadas de subsolo. Finalmente a plataforma sob meus pés chacoalha e com o fôlego ameaçando me faltar, fecho os olhos em reflexo à luminosidade da superfície que me cega por alguns segundos. Quando finalmente consigo abrir os olhos e olhar em volta, vejo-me cercada por uma enorme construção circular que a princípio de assemelha à uma muralha. À minha frente, uma grande torre parece tomar o lugar do tradicional chifre. Logo acima, o relógio holograficamente projetado, mostrando os últimos segundos antes do início da carnificina se esvaindo. Quase em estado de choque, olho em volta e vejo os tributos que me cercam. Agradeço e contra-partida sinto pesar ao notar que Dharos não está por perto. Trinta segundos a menos são marcados no relógio e eu então me forço a concentrar-me nas estratégias que repassei com minha mentora. Olho em volta mais um vez e só então sou apta a notar que o que considerei um muralha é na verdade um grande coliseu de batalhas, tal qual é contado nas histórias sobre os tempos antigos. Perspicaz e irônico, digno de nossos idealizadores carniceiros. Quinze segundos, e eu ainda não sei o que fazer. É então que avisto uma arquibancada atrás da grande torre ao centro do coliseu e sinto uma chama de esperança me incendiar quando avisto o que se parece bastante com uma lança, logo decido para onde correr. Cinco segundos e já estou de pernas flexionadas, pronta para saltar, mas policiando-me para não perder o equilíbrio e explodir em pedaços antes do sinal. E o sinal é dado.

Perco alguns milésimos de segundo enquanto sinto minhas pernas travadas na plataforma, mas não demora até que uma descarga de adrenalina me permita forçar minhas pernas em uma corrida frenética. A lança é tudo o que tenho em mente agora e eu corro em sua direção sabendo que minha vida depende disso. Desvio de qualquer vulto que se movimente perto de mim e passo direto pela torre, correndo a saltos largos rumo à arquibancada e à preciosa arma que tenho certeza que será minha. Estico os braços e tão rápido quanto encosto os dedos no cabo de metal, agarro a lança com firmeza e giro-a com um movimento rápido, assumindo posição de ataque enquanto me viro de costas para verificar se ninguém havia me seguido. Respiro aliviada ao ver que todos os outros tributos estão ocupados nos arredores da torre, com exceção da loira do distrito 11 que sobe as arquibancada para agarrar um foice e de um garoto que não me recordo o distrito, mas que está à poucos metros de distância portando um arco e um aljava. Cogito em atacá-los aqui e agora, mas hesito ao imaginar a minhas desvantagem em condições de ataque a longa distância contra algumas daquelas flechas. Rapidamente recuo, apenas para testemunhar o caos sanguinário que já toma de conta da cornucópia. Olho em volta procurando um rumo e é então que vejo o garoto do 11, aparentemente atordoado no meio da carnificina. Decido que não há o que cogitar; é sangue o a Capital quer, e é sangue o que ela terá. Corro na direção do 11 enquanto me condiciono para realizar um salto de altura mediana, impulsionando todo o meu corpo enquanto giro minha perna no ar intentando atingi-lo pelas costas com uma voadora. Após sentir o impacto, rapidamente uso o cabo da minha lança como apoio para me ajudar a me firmar ao chão, aterrissando do movimento aéreo. Apresso-me para me recompor e encaro o garoto que agora me olha com um misto de fúria e medo transbordando de seus olhos fundos. Sem perder tempo, parto para cima dele, agora com a lança erguida, e giro meu torço enquanto realizo um movimento ofensivo com a lança, intentando um corte em diagonal tento o peito do rapaz como alvo. O sangue pulsa quente nas minhas veias, e a adrenalina vicia minha fúria. Agarro a lança com força e giro-a novamente, tentando acertar o rosto do 11 com o cabo da arma, pouco tempo antes de me agachar e aplicar uma rasteira no mesmo. O tributo cambaleia para trás, forçando-se a não cair, e eu então me vejo fora de controle, tomada pela vontade de causar-lhe dor. Rapidamente flexiono meu corpo, aumentando o impulso que utilizo ao o realizar um golpe de perfuração no qual descarrego toda a minha força ao mirar no coração do tributo. Empurro o garoto com um chute enquanto recupero minha lança e entro em estado de choque pelo que acabei de fazer. Um turbilhão de pensamentos me assola enquanto a adrenalina continua a envenenar meu organismo. Uma pequena vertigem me lembra do fato de que estou no meio do inferno e que não posso abaixar a guarda caso não queira assumir o papel do garoto do 11. Me ponho em movimento e parto em direção de uma mochila vermelha que de cara me chama atenção, não sei se pela cor chamativa ou por atiçar minha sede de sangue que se mostra incontrolável. Corro na direção da mochila enquanto me pergunto o que aconteceu com a Topaz temerosa de míseros minutos atrás, embora eu reze para que ela não aparece à tona tão cedo.

Após içar a mochila sobre meus ombros, estou pronta para partir deste sangrento campo de batalha quando ouço - Topaz! Entrada sete! - e não me leva um segundo sequer para reconhecer a voz grave de Dharos. Olho em volta e vejo-o correndo para longe da cornucópia e toda minha fachada de durona e desinteressada desmorona e sem pensar duas vezes corro atrás dele. Em minha corrida, vejo alguém correndo paralelamente à mim. Ouso olhar para o lado e avisto um garoto que não me recordo ao certo de qual distrito ele seja. Tudo o que sei é que ele está a portar uma besta e esta aparentemente correndo na direção de Dharos. Meu sangue volta a ferver e decido que não posso deixar esse garoto se aproximar do meu tatuado, logo desvio meu rumo ao seu encontro. Ergo minha lança e em um movimento só, arremesso a arma mirando as pernas do tributo. Apresso-me para recuperar minha arma quando vejo-o cair, embora não saiba se ele fora realmente atingido ou se apenas tropeçou nos próprios pés aos perceber o ataque. No instante que descravo a ponta da lança do chão, o garoto já está de pé e erguendo sua besta. Sem hesitar começo a realizar giros rápidos com minha lança, no intuito de desviar suas setas caso ele dispare, e quando estou perto o suficiente, miro em sua genitália ao realizar um corte em diagonal. Agora que meu gatilho de fúria fora novamente acionado, salto em cima do rapaz, dentando derrubá-lo ao atingi-lo com o cabo de minha lança. Ema vez em cima dele, agarro seu pescoço e uso as técnicas de combate desarmado que aprendi com Gloom para facilmente quebrar o seu pescoço. Percebo então alguém se aproximar pelas minhas costas e então levantao-me em um salto, de lança empunho. Entretanto, antes de atacar instintivamente, ajusto minha visão para reconhecer Kennedy de braços erguidos como se eu estivesse a assaltá-lo - Calminha, doçura. Aliados? - diz ele. Lembro de Dharos e ao olhar para trás vejo-o me esperando perto de um dos grandes arcos do coliseu. Volto-me para Kennedy ao dizer - Tudo bem. Vamos dar o fora daqui - logo corro na direção de Dharos. Meu instinto assassino já está ligado, que os jogos comecem e a sorte esteja a MEU favor!
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Qui Jun 04, 2015 10:43 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
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Mensagem por Octavia Hön Wildëghor Qui Jun 04, 2015 11:49 pm

Cornucópia - 1ª Fase 100
Ficha:

"Seja forte, lembre-se do que Jordan disse, siga exatamente todos os primeiros passos, depois não haverá ninguém para ajudar, preste sempre atenção no cenário", dizia comigo mesma enquanto arrumava-me para a Arena. Chegou a hora, não havia mais nenhum modo de desistir, tudo tinha passado tão rápido. Parecia até ontem que ainda estava em meu Distrito, não sabia se voltaria ao meu lugar, mas acreditava que não. Qual seria a minha sorte de sair daquele lugar? Eu teria alguma? Deveria arranjar.

Respirei profundamente diversas vezes, em tentativas falhas de retirar toda tensão cravada em minha pele. As vestes da Arena eram confortáveis, como deveria ser, já que passaríamos um bom tempo naquele lugar, se tivéssemos sorte claro. Olha ela novamente, a sorte. Devemos tê-la em qualquer ocasião, nessa ela era mais do que necessário, era de extrema importância. Como também devíamos ter ensinamento no que fosse possível, agradecia ao meu pai por todo ensinamento que havia recebido em minha infância, aquilo foi minha diversão por muito tempo, o máximo que se poderia encontrar num lugar assim, como Panem.

Cassadee terminava de arrumar minhas vestes, conferindo se tudo estava em seu exato local. Agradecia por ter sua companhia naquele momento, passava a maior parte do tempo calada, o que era melhor para minhas reflexões. A capitalista fitou-me com atenção após seu serviço ter chegado ao fim, sua boca abriu-se diversas vezes, como se quisesse dizer algo, mas não soubesse como fazê-lo. "Vinte segundos para o lançamento", soaram os alto-falantes da sala em que me encontrava, fazendo com que ficasse ainda mais nervosa. Estava na hora, o que eu havia mais aguardado, mas não poderia saber como agir. Devia ficar confiante, sabia consideravelmente o que fazer, pelo menos achava que sim.

- Pois bem, você já está pronta, não há mais nada que possa fazer por você. - Murmurou, olhando para os próprios pés. - Espero que consiga escapar dessa. - Finalizou, soltando uma risada fraca.

Murmurei um obrigado, virando-me na direção do tubo que me levaria para a morte iminente. Oh, merda. Estava extasiada de tanta ansiedade e nervosismo pelo momento esperado, neste momento a maior parte dos tributos anseiam pela morte, mas não era o que eu aguardava. Apenas sentia sede de vingança, não contra todos aqueles que teriam de sobreviver naquele lugar, mas pelas pessoas que haviam feito todo aquele joguinho medíocre. E você se pergunta, como pretende arrumar uma vingança se você nem chega perto deles? É algo simples, o único meio de se encontrar mais próximo deles é desta maneira, sei que não conseguirei buscar pelo que necessito, mas será um grande começo.

"Dez segundos para o lançamento", soaram os alto-falantes novamente. Posicionei-me na plataforma que me levaria até a Arena, fechando os olhos com certa força. Eu, definitivamente, não estava pronta para isso. Gostaria de retornar para casa, encontrar meus avós, meu pai e... Não, eu não podia fazer nada. Qual era o real proposito de estar ali? Com toda certeza não é somente por diversão dos idealizadores de merda que nos prendiam neste local, guiando-nos para a morte como porcos ao abate. Desabei na plataforma, chutando-a com força, eu nada poderia fazer para sair dali.

Bati diversas vezes com o punho cerrado contra o tubo que, infelizmente, não fora danificado. "Acalme-se, tudo ficará bem, Torch", dizia uma voz em minha cabeça, "deixe-me tomar o controle da situação". Inclinei a cabeça para o lado, soltando lufadas de ar gélido. "Então tome conta", disse para a voz, "torne isso algo mais prazeroso para ambos", finalizei. Estava eu ficando louca? Aquilo nunca havia acontecido anteriormente, precisava me acalmar. Balancei a cabeça, levantando-me abruptamente e olhando para os lados, vendo apenas uma sala vazia. No mesmo momento, a plataforma se elevou.

A plataforma parou segundos depois, cerrei os olhos para me ajustar na luminosidade do local, observando cada detalhe do meu campo de sobrevivência. Onde estava? Era a primeira pergunta que deveria ser feita naquele momento, nunca havia visto este local antes, mas tudo se tornava novo nas Arenas dos Jogos, nunca era algo semelhante. O cheiro de carne queimada pairava no ar, tinha absoluta certeza que era carne humana, fazia meu nariz arder, inspirar aquele ar fazia-me ficar enojada. Fitei meus oponentes, parando o olhar no garoto do Distrito 12. Fitei-o com atenção por longos segundos, que foram quebrados quando uma voz robótica soou pela Arena, tomando conta de minha atenção. Os Jogos iriam começar, precisava me concentrar.

30, 29, 28... Localizava todos os itens disponíveis há minha frente, tentando reformular qual seriam minhas chances de conseguir pegar algum deles antes de ser atingida por algum tributo. 17, 16, 15... "Deixe-me tomar o controle...", sussurrou a voz novamente em minha mente, fazendo com que minha visão ficasse turva por mínimos segundos. Bati a palma da mão contra a cabeça, desanuviar minha mente. "Preste atenção, Octavia", pensei comigo mesma, não poderia perder tempo com essa loucura. Todos os outros tributos estavam concentrados, vendo qual seria a melhor possibilidade, quem talvez fossem atacar. A Cornucópia era a pior fase da Arena, onde havia o maior número de mortes, pelo menos a maioria dos Jogos sempre foi assim.

3, 2, 1... Ouviu-se um barulho similar ao de um canhão, então desatei a correr assim como todos os outros tributos. Aquilo era um pandemônio, precisava manter-me segura de qualquer outro tributo que tentasse atacar-me, deveria equipar-me de uma arma primeiro, ou as coisas não acabariam muito bem, portanto tomei rumo para as arquibancadas, onde havia alguns tributos também. Talvez a grande parte tenha tomado a torre como um meio mais fácil e rápido de adquirir as armas, mas precisava de algo que não estava ali. Avistei de longe a arma que procurava, o metal prateado da cimitarra reluzia de encontro ao sol, já me imaginava empunhando-a naquele mesmo momento.

Avancei pelos demais, desviando-me por cada tributo que passava, tentando manter pelo menos 5 metros de distância de cada, caso não pudesse manter essa distância, empurrava quem estivesse na minha frente. "Merda, que ninguém pegue aquela cimitarra antes que eu chegue ali", pensei comigo. Em poucos segundos havia alcançado a arquibancada, as caminhadas pela floresta de meu distrito havia me feito um bem pelo menos, empunhei a cimitarra reluzente, virando-a diversas vezes para acostumar-se ao punhal que se adaptou rapidamente, como se fosse feita para mim. Sorri comigo mesma, pelo menos uma vitória até ali.

Avistei uma garota correndo em minha direção, mas sua atenção parecia estar para as armas que estavam perto de mim, não iria arriscar continuar ali. Corri na direção oposta, tendo como objetivo pegar uma das mochilas que estavam dispostas na Arena, a cimitarra pronta para ser utilizada em qualquer momento em punhos, observava qualquer sinal suspeito de algum dos tributos ao meu redor, empurrando qualquer um que entrasse em meu caminho, pronta para degolar qualquer espertinho com minha afiada lamina sedenta por sangue fresco. Já havia decidido qual seria minha mochila no mesmo momento em que observava o local, enquanto ainda estava nas plataformas, então esperava que ninguém tomasse minha frente para pegá-la.

Mantive o mesmo passo rápido de sempre, enquanto buscava por Caliel, o tributo que havia formado aliança há algum tempo atrás. Fitei-o com surpresa ao notar que mirava uma flecha em minha direção, "mas que porra é essa, garoto? Trocou de lado agora?", deixei que minha expressão facial demonstrasse desgosto com sua atitude, mas logo abaixou a flecha, mirando-a em outro local. Deveria tomar cuidado com todos ao meu redor, até mesmo aqueles que havia me aliado, poderia não ser algo seguro. Ao alcançar as mochilas, acelerei ainda mais o passo, alcançando a alça da mochila CINZA, puxou-a com força, não notando que outro havia feito a mesma coisa. Não havia notado sua presença ali anteriormente, mas não tinha cara de muitos amigos.

Com a sua força ao puxar a mochila, fui direto ao chão, mas não deixaria aquilo assim. Aquela mochila era minha. Apoiei as mãos na pedra fria, inclinando a perna direita, deixei a esquerda estendida. Rodei-a num ângulo perfeito de 360° graus, antes encaixando perfeitamente no pé do garoto do Distrito Oito, fazendo com que o mesmo fosse ao chão num baque surdo, levantando-me no mesmo instante. Talvez não tivesse notado meus movimentos rápidos, mas levantou-se rapidamente, pronto para combater por minha mochila.

- Quer brincar? - Murmurei mais comigo mesma do que com o garoto, balançando a cimitarra em punho.

Inclinei a cabeça para o lado, soltando uma risada fraca, um tanto maligna para o meu gosto. Parecia precisar daquilo, naquele mesmo momento. O garoto empunhava uma espada em mãos, mas não parecia ter extrema exatidão no que fazia, desferindo golpes que facilmente defendia com minha espada. Contra-ataquei sempre que possível, rindo comigo mesma pelos golpes inferiores do garoto, os tilintar de nossas armas era as únicas coisas que me importava naquele momento, ouvindo-as e prestando atenção em qualquer ataque desferido pelo garoto. A adrenalina corria em meu sangue, fazendo-me ficar cada vez mais rápida em meus ataques contra o jovem.

Golpeei-o num corte transversal que iria atingi-lo no tórax, mas conseguiu defendê-lo com exatidão. Chutei-o no peito quando o mesmo deixou sua vanguarda sem nenhum meio de defesa, fazendo com que cambaleasse para trás. Girei a cimitarra em minhas mãos, decepando a mão em que Nathan empunhava sua espada. Sua mão caiu ao chão junto da espada, no lugar em seu braço só havia sangue jorrando sem parar. O garoto abriu a boca num perfeito "O", abismado com minha atitude. "O que? Num jogo tão sanguinário ele esperava bichinhos de pelúcia?", pensei comigo mesma, bufando de escárnio.

Chutando-o novamente no peito, finquei a cimitarra em seu coração, para ter certeza de que morreria ali na Cornucópia e não buscaria por vinganças no decorrer do jogo. Nossa batalha não havia durado mais do que alguns minutos, mas estava satisfeita com meu trabalho. Precisava correr dali ainda, não tinha muito tempo, outro poderia vir e me atacar em qualquer momento. Peguei a mochila cinzenta que jazia ao chão, apoiando-a no ombro direito e desatando a correr sem parar.

Corri até a saída mais próxima, liberando-a de qualquer outro tributo que pudesse interferir na minha fuga, como também na de Caliel. Avistei-o alguns segundos depois, gesticulando para que o mesmo corresse mais depressa, nossa aliança poderia não ser uma das mais fortes, mas sabíamos o que fazer e até que ponto chegar ali. Assim que se aproximou o suficiente, corri até meu destino, não sabia como a Arena funcionava, mas precisávamos saber o que continha em nossas mochilas e do que iriamos precisar para sobreviver. Não iríamos trair um ao outro, pelo menos esperava que isso não acontecesse. Nosso destino estava em nossas mãos, como também na daqueles que formulavam esse jogo sanguinário, estávamos prontos para ir até o fim, aconteça o que for.


[OFF] O "surto" da Octavia e os pensamentos é um começo da "trama" dela, então não ficou tão confuso pra mim. ;-; q
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Qui Jun 04, 2015 11:49 pm

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Mensagem por Arcturo O'Loughlin Sex Jun 05, 2015 4:06 am

Cornucópia - 1ª Fase 100
ficha:

Santo Anjo do Senhor; meu zeloso guardador.
Que a ti me confiou a piedade divina.
Sempre me rege, guarda, governa e ilumina.
Amém.

As suas pernas estavam bambas e um calafrio moribundo percorria por toda a sua espinha. Não havia escapatória; Arcturo estava prestes a ser jogado em uma arena com outros vinte e três tributos prontos para assassiná-lo. Naquele momento, Arcturo sentia o fervor da ansiedade por todos os seus vasos sanguíneos. Ele deveria decidir uma vez por toda se seria uma pessoa fraca, mas manteria a sua fé em Deus, deixando-o guiar o seu caminho, ou jogar fora todos os seus dezessete anos de devoção à igreja católica e mostrar ser um monstro que causará tanta vergonha ao seu pai e seu irmão.

Aquela câmara circular de vidro era muito mais sufocante do que aparentava. Respirar fundo não adiantava, ele já estava há segundos de ser lançado na arena. Enquanto assistia acenos do lado de fora do seu elevados vindos de seu estilista, sua mente não conseguia processar nenhum tipo de afetuosidade. Como se não bastasse estar com medo de perder a vida em questão de minutos, ainda tinha de enfrentar o maior dilema de sua vida. Não queria virar sangue na navalha do inimigo, mas também não queria ter o sangue dele na sua.

A contagem para que ele fosse transportado até a arena - já que estava aguardando em salas embaixo desta - por meio da sua plataforma era decrescente e seu coração triplicou os batimentos quando chegou ao zero. Estava na hora de apresentar-se para o mundo como um tributo mérito da vitória, não como um peso morto dentro da arena.

Luz. Era a única coisa que pôde enxergar quando seu prato parou de subir e finalmente estacionou. O agonizante claro que cegava seus olhos foi cessando aos poucos e revelando o cenário da arena em sua frente. Não haviam ali nenhuma árvore, lago, gelo ou pântano, como era de costume na maioria das arenas. O palco daquele Jogos Vorazes estava inspirado em imagens do livro de história que Arcturo usava para estudar no Distrito 10. Aquela enorme redoma escondia uma Roma em decadência onde a cornucópia se localizava no centro do coliseu. O quão óbvio é isso.

Os olhos ansiosos de Arcturo avistavam os outros tributos daquela edição no primeiro momento, tentando achar Catze, apenas para certificar-se que aquilo era real. E, infelizmente, era. Do seu lado estava a garota do 7 e do outro, na extremidade das 24 plataformas, a tributo de cabelo rosa. Uma hora ou outra, ele teria de atacar quem aparecesse na sua frente se não quisesse virar uma isca humana.

A voz de um idealizador contaminou toda a arena, dando boas-vindas para os tributos e iniciando a contagem para o início. O seu maior pesadelo estava se tornando realidade e, além de montar uma estratégia para aquele cenário, tinha de decidir se renderia-se à tentativa de manter-se vivo ou se deixaria que um outro jovem arrancasse com brutalidade a sua vida, dando fim ao sofrimento do garoto.

Arcturo não sabia se podia ser considerado um garoto forte e corajoso por ter tomado tal atitude. Mas mesmo assim tomou: ele estava ali para sobreviver, nem que isso lhe custasse pecar e arrancar a vida de outra criança. Deus terá misericórdia na hora de sua morte, ele só não quer que sua hora chegue dentro dos Jogos Vorazes.

Gotículas de suor frio escorriam pela sua nuca e testa. Era visível o desespero do garoto, mas ele tinha que apostar as fichas em si mesmo assim como seu irmão o fez. Esquematizou os seus próximos movimentos, sem deixar aquela feição assustada sumir de seu rosto. Não porque ele queria parecer indefeso na frente de toda Panem, mas porque ele estava, de fato, amedrontado.

Quando o gongo finalmente soou, Arcturo mal pode pensar direito antes de agir. As suas pernas corriam desesperadamente para a direção das torres, onde avistara o êmulo de algo que o lembra um chicote antes da entrada do lugar. Era a sua melhor maneira de sair vivo dali. Apesar de não ser o mais rápido, sabia que não era o último na extensa fila de garotos que corriam em direção às armas. A ansiedade tomava conta de todo o seu corpo, misturando com a adrenalina e resultando em uma vontade absurda de continuar vivo, independente de quais atitudes ele deveria tomar para realizar tal feito.

Ao seu lado, em um diâmetro de mais ou menos dois metros, estava correndo a garota do Distrito 4. Ele era mais rápido que ela, era visível isso. Sua mão finalmente agarrou o chicote que estava em cima de uma bancada para chamar aquilo de seu e raciocinou rapidamente o objetivo da garota: alcançar um tridente que estava dentro da torre. Ela era uma carreirista e acabaria com todas as vidas que fossem precisas para sair dali, então a desculpa que Arcturo utilizou para atacá-la fora exatamente essa.

Já armado, colocou-se na frente da garota, impedindo-a de voltar a correr para dentro da torre. Ele estava tremendo, mas ele precisava fazer isso para provar a si mesmo que ele pode continuar sendo um fiel cristão enquanto luta, assim como fizeram os guerreiros das cruzadas nos Tempos Antigos. Com um movimento visivelmente exímio, chicoteou o objeto na direção da canela da garota, forçando-a a tropeçar e cair em sua frente. Feito isso, agora Arcturos só precisava ser corajoso o bastante para terminar o trabalho.

Pulou sobre o corpo que estava com a parte ventral virada para o chão e usufruiu das técnicas de combate básicas que aprendeu no colégio para prender as mãos da garota no chão com as pernas. Ele estava dominado-a; para um crente medroso, estava se saindo mais do que bem. Esmurrou e socou a cabeça da garota algumas vezes. A cada agressão, o sentimento de culpa crescia dentro de si. Quando deparou com o nariz da garota colorido de vermelho por conta do sangue de tanto colidir com o chão, uma lágrima escorreu de seus olhos. E o pior: não parou, mesmo chorando enquanto atacava-a.

Só queria dar um fim àquele sofrimento, então passou o chicote por debaixo do pescoço da garota e começou a estragangulá-la. Arcturo não sabia como fazer aquilo direito, mas o rosto começando a ficar roxo e os movimentos menos brutos enquanto se debatia da garota do 4 disseram para ele que aquilo estava dando certo. Quando finalmente percebeu que a garota havia desmaiado, saiu de cima dela, pegou seus cabelos e jogou o seu rosto contra a bancada metálica. Se isso não fosse suficiente para causar danos sérios ao seu cérebro e crânio, outro alguém podia ir ali e finalizar o trabalho.

Senti-se uperdido quando colocou-se de pé mais uma vez e viu que vários tributos já estavam armados e outros no chão. A carnificina estava estabelecida e Arcturo precisava sair dali. Começou a correr na direção da única mochila que estava no seu campo de visão, uma de cor LARANJA para depois fugir. As lágrimas continuavam a molhar suas bochechas negras enquanto seus pés corriam para longe dos gritos. Apanhou pela alça a mochila e colocou-a nas costas, rezava para não entrar em nenhum conflito por causa dela, já estava com peso na consciência em demasiada por ter atacado uma garota e deixado-a apagada no meio da Cornucópia. Até aquele momento ele estava vivo; e queria permanecer assim por mais um tempo. Seus passos eram apressados e a adrenalina começava a se dissipar pelo seu corpo. Não sabia para onde estava indo, apenas podia enxergar uma extensa ruela e algumas casas mais para frente.

Na sua mão direita, Arcturo estava armado com o seu chicote. Na esquerda, o sangue da garota do 4 o lembrava da atrocidade cometida. Nas costas, a mochila que pode ser a chave para a sua sobrevivência. E, por fim, na sua mente as emoções de arrependimento se misturam com o alívio por ainda poder respirar. Arcturo não era mais um garoto especial que fugia do pecado; era apenas mais um pecador no meio de outros tantos.

observações:
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sex Jun 05, 2015 4:06 am

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Mensagem por Kennedy Chandler Mensen Sex Jun 05, 2015 4:41 am

Cornucópia - 1ª Fase 100
Jogos Vorazes...
Os jogos sangrentos!

Ficha:
Finalmente chegara a grande hora. Minutos após seria a sorte de viver, ou ter o fracasso do azar ao seu lado e morrer de maneira trágica.  Meu mentor não era muito agradecido com sua vida e também não era muito presente do meu lado, então seria melhor pensar nas possíveis estratégias e sozinho. Juliett que era colega de distrito resolveu batalhar por si só, queria fazer o mesmo, mas minha sabedoria sabia que era necessário o apoio de no mínimo dois companheiros, mas quais os dois seriam ideais para participar de um torneio valendo sua vida? Ainda desconhecia os parceiros, então apenas optei por entrar no tubo e decidir no alto da superfície.

 Caminhando lentamente para a entrada do tubo, simplesmente me aproximei de Juliett e disse boa sorte. Não era do meu feitio fazer essas coisas, porém um de nós precisaria honrar nosso distrito carreirista, que fosse eu, claro. Contudo, também gostaria que ela pudesse chegar o mais longe possível. Respirando fundo, entrei no tubo confiante de si, pensando que já não era mais um simples garoto à participar de um jogo, e sim um homem que entraria para uma batalha e homens pensavam alto, jamais como um garoto.

Com roupas bem firmes no corpo, melhorariam minha qualidade de corrida, algo flexível era mais prático de correr, sem dizer que não fazia tanto barulho, melhoraria a habilidade de furtividade. Na entrada do tubo já comecei a pensar nas possíveis arenas que iriam surgir, algo muito macabro, um cemitério, labirinto, algo aquático, nas mais piores ideias pensadas. Subindo para o alto, ou devia dizer uma carnificina tentadora também imaginei como seria minhas técnicas para combate, melhor sábio era aquele que lutava sem armas, porém sabia muito bem que uma arma em mãos podia ser muito útil.

Quase nas alturas, ao ver a luz brilhando no possível céu, observei meus oponentes, grandes guerreiros, muitos corajosos, outros nem tanto. Alguns estavam ali pela sorte do azar, outros realmente almejavam estar no duelo. Ouvindo o som do ‘bem vindo’ e esperei a contagem, não era muito, mas esses segundos seriam os mais decisivos no início da batalha. Observei atentamente as armas na minha volta, as mochilas, as torres, arquibancadas e principalmente os tributos alheios. No último segundo esperei dar a partida e então os jogos começaram.

Um atacando o outro, por azar, quem sabe sorte, estava como primeiro dos vinte e quatro tributos, seriam fácil a minha corrida para dentro da torre. Todos estavam indo na direção da arquibancada querendo as armas mais próximas, sabia que se fizesse o mesmo, entraria em conflito com alguém e no momento não era o que queria para mim. Muitos estavam se confrontando, ainda não tinha uma arma, então comecei a correr o mais distante deles, queria uma cimitarra, mas uma outra garota já havia pego no meu ir de encontro a ela, podia muito bem lutar com sua pessoa, contudo no fundo algo me disse para deixá-la ir. Pensei melhor no meio daqueles confrontos, corri na direção do centro da torre, seu interior, até me encontrar com uma garota, não muito musculosa, conhecia como Hyrie _ Espero que não se importe...  Tentei ir de frente com seu corpo em um duelo físico e sem armas, uma das minhas habilidades era o combate desarmado, esperei ela me dar um soco e após cruzei uma chave com seu braço tentando quebrá-lo. Chute com força o centro do seu estômago e giro com rapidez, socando com força meu cotovelo a parte lateral se sua cabeça. Com a intenção de derrubá-la no chão e deixar a mesma com um TCE. Após saí correndo para dentro da torre, um pouco antes de entrar na mesma, observei um garoto na minha esquerda pegando uma mochila preta, no entrar para a torre existia outra mochila da mesma cor, ligeiramente peguei a segunda mochila preta que se encontrava na minha visão.

Entrando na torre longe de muitos tributos, tentei caçar a arma mais compatível com meu corpo, uma espada, fácil de manusear no meu ver, seria uma enorme ajuda na conquista pela vitória final. Rapidamente, após pegar a espada me retirei dali voltando ao ponto de partida, correndo com a mochila nas costas encontrei uma garota de costas para mim, acelerei os passos e com força o suficiente, inclinei a espada para cima, segurei firme o objeto e introduzi com o máximo de força no centro das costas dela, onde daria o meio do seu coração. Sem saber se havia tido a oportunidade de matar ou não, corri para a saída mais próxima do meu ver, a saída n° 7, indo de encontro com as ruas vazias. Até esbarrar com uma garota, conhecida como Topaz, aconteceu de precisarmos lutar rapidamente, mas so no imprevisto da noite _ Calminha, doçura. Ela já me conhecia, sabia que também era carreirista, aceitou de boa a aliança e por fim seguimos juntos para longe dali.
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sex Jun 05, 2015 4:41 am

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Mensagem por Alue Hërz Wermöhlen Sex Jun 05, 2015 5:34 am

Cornucópia - 1ª Fase 100
Editei pra tirar a machadinha da ficha, não peguei ela, é isso.

Happy Hunger
E os jogos começaram


Ficha:

— Pare de chorar, você não vai morrer, querida. — Faora me acalmava quando eu a abracei, Katherine foi mais " doce ", me puxou e eu me separei da estilista, a mentora não tinha a menor paciência para aquilo. Quando entramos na sala Faora veio atrás e paramos as três na mesma, o tubo estava atrás de mim, então logo eu estaria lá em cima, segundos depois poderia estar morta, aquilo fazia meu coração palpitar só de pensar, eu não poderia enlouquecer, não naquele momento, teria que manter a calma acima de tudo. Faora passou a mão no meu cabelo e me olhou com seus olhos que mudavam de cor. — Ganhe aquilo lá. — Ela deu um beijo na minha tenta e eu sorri de canto. Olhei pra trás e me afastei delas me colocando onde o tudo estava, logo ele estaria lá em cima. — Vê se ganha isso loira, quero dobradinha. — Katherine falou e aquela foi a vez que mais a vi amigável, não era do feitio dela ser assim.

Fechei os olhos enquanto o tubo fechava, eu queria encontrar Aion logo, para ficarmos seguros, mas eu tinha que sobreviver a cornucópia antes de tudo e a única forma de prosperar ali era matando e era isso que eu iria fazer, matar. O tubo subiu aos poucos, minhas mãos tremiam a cada parte de luz que parecia mais próxima de mim, fechei os olhos ainda temerosa, enquanto o tubo subia e minhas mãos tremiam, quando a plataforma parou de subir eu os abri devagar, aquele lugar parecia .. Eu não me lembrava do nome, mas tinha a sensação de que já tinha a visto em algum lugar, num livro velho quem sabe, mas não importava agora, estávamos em uma espécie de Arena antiga e a contagem já rolava a alguns segundos.

35,34,33,32,31 ... Minha garganta coçava, olhei pra baixo na plataforma, eu poderia pular, mas tudo iria pelos ares, eu veria esperar. Estalei os dedos com meio sorriso, meus cabelos estavam presos em duas tranças, olhei em volta estava cercado por dois garotos, Caliel do distrito 12, era rápido, não era boa opção de ataque, não agora. Do outro lado estava Arcturo do distrito 10, era forte, ou parecia ser, poderia ser um aliado mais a frente do jogo, me preocupei mais em localizar Aion, não o vi de primeira, deveria estar além da torre. — Vamos lá, contagem idiota. — Sussurrei olhando pra algumas armas.

25,24,23,22,21 ... Meu coração palpitava, me lembrei do meu pai, dos meus irmãos, o que me motivava a estar ali muita gente apostava numa dobradinha, eu não ia deixar as casas de aposta da Capital na mão, eu ia os fazer ganhar dinheiro, eu ia ganhar. Voltaria, abraçaria Faora, traria minha família pra Capital, iria mostrar que uma caçadora do distrito sete pode ser grande e que os carreiristas beijam os nossos pés, onde pisamos, onde caminhamos, onde ... Bom ... Vocês me entenderam, que poderíamos ser superiores, eu sabia lutar, corria bem e definitivamente queria estar contando com a sorte.

15,14,13,12,11 ... A contagem diminuía cada vez mais, lembrava de Katherine dizendo que eu deveria matar antes de ser morta, que deveria não ter pena de ninguém, pois não teriam de mim, ser durona, ser uma assassina, Katherina era pequena contra grandões e conseguiu, se ela pode eu também posso, se ela voltou eu vou voltar. Pisei firme na plataforma, meu coração parecia palpitar mais, a cada vez que um número caía um parecia mais e mais apreensiva, só esperava não ter um ataque do coração antes da contagem chegar a zero, eu tinha que conseguir, eu IA SOBREVIVER!

5,4,3,2,1 ... Enfim zero! Quando a contagem chegou ao fim todo mundo correu, inclusive eu, mas a primeira regra, na minha cabeça é claro, era matar, matar muito, ou pelo menos uma pessoa. O garoto do distrito doze correu como uma bala, não sei, mas correu muito, eu deveria ter pulado logo da plataforma, assim poderia alcança-lo, mas Caliel teria que ficar pra depois, se esse momento existisse. Apesar do garoto do D12 ter escapado, outra pessoa não iria, corri o máximo que minhas pernas conseguiam e quando me aproximei da garota do distrito quatro pulei como um felino em cima dela, pra derrubá-la no chão, assim ficaria mais fácil. — Satanás te mandou um recado, moça. — Falei em tom normal empurrando o corpo dela contra o chão.

Segurei os cabelos escuros dela com as minhas mãos, tinha a pego de costas e isso foi uma vantagem, pelo menos eu via assim. Eu não tinha armas por perto  ou poderia já tê-la degolado, teria que me virar com as mãos mesmo. Ainda segurando seus cabelos eu os puxei pra trás, elas se debatia, reação natural para tentar se livrar de mim, ela batia onde suas mãos conseguiam alcançar, apesar das dores com isso eu ainda parecia no comando, talvez. Bati a cabeça dela com força no chão daquele lugar, com sorte eu conseguiria um afundamento de crânio, ela morreria logo, apesar das dores. Olhei em volta, precisava ver se ninguém vinha, vi Aion de longe, ele corria em minha direção, me dava proteção para caso algo ocorresse, ele não parecia sujo de sangue.

Depois terceira vez que bati a cabeça dela no chão puxei-a pra trás, ainda com uma das mãos segurando sue cabelo e o joelho direto em suas costas, com a mão livre segurei a sua mão direita que se debatia tentando pegar a minha trança, me aproximei do rosto dela e olhei sua orelha,a mordi com tanta força que seu grito possivelmente ecoou em toda a arena, ela era durona, assumo, depois de três testadas naquele chão já um pouco sujo de sangue até o mais duro dos machos já teria desistido, mas ela não, tanto que agarrou a minha trança esquerda, soltei seu braço e passei a mão livre no pescoço dela, apertei com tanta força, mas com tanta força que eu fiquei até vermelha, mastigava um pedaço da sua orelha, as poucos o puxão na minha trança pareceu diminuir e ela soltou, apertei mais uma vez pra certificar-me e depois a soltei com sorte seu pescoço havia sido quebrado, ou não, apenas a deixei lá, limpei a boca suja de sangue e corri, haviam outros 21 ali.

A primeira coisa que eu agarrei foi uma mochila de tom escuro, era preta, coloquei-a no ombro direito, minhas pernas já começavam a doer enquanto eu corria quase que desesperada, adentrei a torre em passos largos, eu não era a única ali, tive que quase me jogar no chão de tanto abaixar quando uma faca soltou o vento e quase me acertou no pescoço, foi uma menina morena que fizera aquilo, marquei bem a cara pra matá-la depois se tivesse oportunidade, eu iria fazer tudo pra chegar a final, mas não só chegar lá, chegar bem, pra vencer.

Entre as armas havia um lindo machado, meu precioso. Segurei seu cabo bem firme, enquanto eu o possuísse não haveria se quer um que pudesse me derrubar, pelo menos eu gostava de acreditar nisso. Dei as costas a aquele lugar, ajeitei a mochila no outro ombro e corri, corri muito, corri o máximo que pude. — AION AQUI! — Gritei ao rapaz que estava um pouco distante, queria sair daquele lugar, queria me esconder e bom ... era isso. Passei pela saída, meu companheiro estava atrás de mim, pelo menos eu queria acreditar que sim. Na rua não muito a frente haviam algumas casas, a primeira que eu vi era pequena, mas parecia boa o suficiente para nos abrigarmos em segurança, ao tentar abri-la trancado. Me afastei de Aion e da porta e depois corri em direção a ela, acertei meu pé direi com força na mesma e com um rompante ela se abriu, adentramos a casa e fechei a porta, meu coração palpitava, nós tínhamos conseguido.
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Mensagem por Alue Hërz Wermöhlen Sex Jun 05, 2015 5:36 am

Cornucópia - 1ª Fase 100
Desculpe presida, mas os dados não foram x.x
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Mensagem por Brahms Hool McKnight Sex Jun 05, 2015 5:36 am

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Mensagem por Catze Mitternacht Sex Jun 05, 2015 6:29 am

Cornucópia - 1ª Fase 100
THE HUNGER GAMES !

Spoiler:

Eu não quero me sentir do jeito que estou me sentindo. Não, não quero. É horrível. Como eu posso me sentir assim? Estou em ruínas, como uma estrutura blindada vindo ao chão. Eu estou chorando, lágrimas sutis e irregulares deslizam pelo meu rosto, traçando uma linha molhada até meu queixo, onde finalmente pigam na minha mão em cima do meu colo. Eu não me lembro da última vez que chorei, ou que senti alguma coisa que me perturbasse daquele jeito, mas ali está eu entregue a insegurança e medo que a ideia dos jogos me oferecia. A verdade é que não haveria pessoa inumana o suficiente para ir para aquele inferno sorrindo. Até os mais fortes sentem muito por aquilo tudo.

A hora não passa; minha estilista tenta me acalmar mexendo no meu cabelo e fazendo as quatros tranças que eu tanto gosto de usar. Sentada no confortável sofá da Sala de Abertura, tudo que posso fazer é encarar o tubo que me levaria para a maldita arena. Meu conto de fada macabro não poderia acabar de outra maneira, não é? Morte.

A passagem na capital foi boa, cada segundo foi bem aproveitado. Vivi mais naquelas semanas - mesmo limitadas - do que já vivi no esquecido Distrito 10. Quando isso tudo acabar, eu não voltarei para lá nem que me arrastem. Não tenho motivos.

Motivos. Essa é a palavra chave dos jogos. Cada um dos tributos tem sua motivação para ganhar, e eu? Minha única motivação é continuar vivendo? Minha nota de treinamento infelizmente atraiu olhares de muito, fico feliz por isso, mas agora percebo que não foram só os capitalistas que se atentaram. Não quero chamar atenção, penso, sair da Cornucópia sem ser vista, ser uma pessoa invisível. Eles não podem me eliminar logo de cara.

Por uma última vez permito-me demonstrar minha fraqueza. Quando eu entrar naquele tubo isso não terá mais espaço, tentarei deixar que a verdadeira Catze se torne mais forte do que nunca psicologicamente. Sem hesitar, sem fraquejar, sem pudor. Menos reclamação na boca e mais sangue na mão. São apenas bois para o abate. A diferença é que eu também era um deles dessa vez.

Uma voz anuncia que a abertura vai começar e sou obrigada a seguir para o tubo metálico. O vidro é frio e acima de minha cabeça só consigo ver escuridão. Minha estilista não é muito sentimental, ela nem se importa em trocar palavras de conforto e incentivo e eu, no fundo do meu coração congelado, a agradeço por isso. Tudo que eu menos preciso naquele momento é de ladainha. A plataforma circular começa a subir, e a visão da confortável sala e de Ann é substituída pela escuridão total. Respiro fundo. Uma, duas, três vezes. Só ouço a engenhoca trabalhando. Pegue uma corrente e seja feliz. Corra. Sobrevive. Fuja.

Endireito a coluna, pronta para encarar meus adversários. Não há espaço pro medo, o joguei no mais íntimo do meu interior e o massacrei. Ter mãos trêmulas só ajudaria para uma morte mais rápida. Controle psicológico: é tudo que eu preciso no momento, e tudo que tenho. 15 segundos foi o tempo para eu me estabilizar e para o tubo de vidro parar de se movimentar. Meus dedos tocam sua superfície fria e percebo que ele está deslizando. Não, eu é quem estou. A plataforma debaixo de meus pés está me empurrando para cima; a passagem havia se aberto e agora tudo estava mais claro, um cheiro estranho de fumaça entra em meu nariz. Pisco de forma longa e repetida até que meus olhos se acostumem com a agressão causada pela claridade. Os 23 tributos me cercam agora, todos eles postos em um círculo perfeito em volta da Cornucópia.

Meus olhos varrem cada tributo, demorando-se nos que estão mais próximos de minha plataforma. Meu colega de distrito está a exatas nove plataforma de distância e isso me preocupa. Caso ele não consiga me seguir, não poderei fazer nada, não iria carregar ninguém no colo ali; mas se ele saísse vivo naquela primeira fase, bem, sei que nossa aliança traria frutos interessantes. A contagem já está no vinte e eu não me dera conta. Tal erro não pode acontecer novamente. Gatos não se distraem de seus objetivos. Analiso de forma rápida o local. Tenho apenas 18 segundos. Uma cidade em ruínas. É algo realmente dramático e teatral, uma inovação e tanto, mas que benefícios ela iria me trazer? Continue a observar, onde está a corrente... a mochila. Qualquer coisa que a ajude. 12 segundos e eu ainda não encontrei a mochila.

Focalizo uma corrente perto da torre, jogada no chão, e sei que ela será minha. Tem que ser, tenho que me garantir. Não posso me acovardar e sair dali sem nada nas mãos. O que tenho a temer? Eles é que devem que temer. Tinha três torres, mas sei que não vou entrar em nenhuma delas. Então observo as saídas, são muitas e não sei para onde elas levam. Ir para qual é mais perto da minha arma é a mais viável. Ninguém vai me ver. Ninguém. Serei um apenas um vulto o qual ninguém se dará o trabalho de deter. Assim espero. Vou os destruir e nem saberão o que o abateram. Ah, meus queridos bois, preparam-se. Fico em posição, pronta pra correr.

A contagem regressiva acaba e um estouro desperta os tributos. Os jogos começaram, definitivamente. E que o banho de sangue se inicie! Meus pés se movem rapidamente, não tenho tempo para conferir se meu coleguinha do lado está correndo, apenas fico atenta caso alguém se aproxime de forma ameaçadora. Sinto que meus pés mal tocam o chão, receio que eu vá tropeçar neles próprios tamanha velocidade que eu corria. As duas humildes tranças longas e loiras de meu cabelo voam para trás, deixando totalmente livre meu campo de visão. Desvio de rota, já que alguns correm em direção para torre - e outros fogem ou estão indo para a arquibancada. Mas meu lugar não é nenhum dos dois, é numa parte do chão o qual eu me aproximo rapidamente.

Tenho que desviar de um tributo que vem em minha direção correndo, não sei se o objetivo era me atingir sem que ele desacelerasse a corrida, mas de fato não quero descobrir. Continuo correndo até que meu dedos tocam o frio material da corrente. Sinto-me aliviada, mas não é o bastante. Preciso de uma mochila. Olho para frente, para a saída mais próxima de mim e corro. Se tivesse uma mochila consideravelmente perto de mim naquele percurso, eu lutaria por ela, caso contrário não vou ficar procurando por uma mochila e esperar que todos tenham pegado suas armas. Não é uma opção que eu acho viável. Sair dali o mais rápido possível, essa sim é uma grande solução.

Meus olhos focalizam um amontoado pequeno rosa e deslocado naquela paisagem caótica. Uma mochila! Bem perto de mim. Nenhum olhar parece estar focalizado nela, então desvio o caminho e corro até lá, mas algo pequeno surge no meu caminho. Meus pés hesitam por um momento, é uma garota morena correndo e tinha algo em suas mãos. Volto a correr e a alcanço, segurando as duas pontas da corrente e a jogando para frente de sua cabeça, apertando a corrente contra seu pescoço. Fiz questão de pegar a garota totalmente de surpresa, com minha habilidade furtiva ela nem sentiu minha presença. Suas costas de chocam contra meu peito, mas permaneço firme no lugar, apertando cada vez mais a corrente no pescoço da garota enquanto ela luta pela vida.

— Oh, meu pequeno boi, poupe energia e nos poupe de assistir sua insignificante morte — sussurro com um tom cruel. Me sinto viva enquanto sinto o ponto em seu pescoço pulsar. O local já começa a adquirir tons anormais e tudo que penso é no como aquilo está demorando. — Diga ao Diabo que mais 23 pessoas estão chegando - digo. Aplico mais força e faço um movimento definitivo com a corrente para que o pescoço da garota a qual nem nome sabia fosse quebrado. Seu corpo tomba ao chão. Não vou me contentar com isto! Preciso de sangue!

Volto ao meu percurso e pego a mochila rosa. Meu coração está acelerado, a adrenalina me mantém viva. Isso é tudo que eu preciso, sei que quando ela for embora eu estarei morta. De uma maneira macabra, me sinto melhor do que a minutos atrás, quando estava naquela sala chorando como uma idiota.

Meus pés não param de se movimentar por um segundo. Preciso sair dali, as coisas já estão se descontrolando. Gritos e sons metálicos se chocando anunciam a guerra do primeiro dia de jogos. O banho de sangue. Gostaria de participar, mas é arriscado. Passo por debaixo de um grande e largo arco que leva-me para fora do coliseu e sou arrebatada por um odor azedo muito similar ao de morte - se é que a morte possui algum odor. Apenas sei que ele não me incomoda tanto, parece que acabei de entrar no matadouro do Distrito 10. A primeira coisa que avisto fora do coliseu é uma montanhas de entulhos, e é pra lá que eu corro. A prioridade é encontrar um lugar escondido o suficiente para que eu possa analisar meus recursos. Enquanto corro até lá penso em meu colega de distrito. Em toda confusão havia me esquecido dele. Será que ainda está vivo? Espero que possamos nos encontrar, já que poderia ser muito útil nessa guerra.

Olho para trás conferindo que ninguém me segue e continuo a correr. E não paro até está sã e salva.
Catze Mitternacht
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